vertere seria ludo XI
Os dias, frágeis louças do serviço
do prazer, se contam em somas
de prejuízos. Jogo que se impõe
viver, a se querer ou não: lançar
pétalas ao fogo até restar a haste
nas mãos. O limite do número de pétalas
tornar-se-á sentido e significado quando,
por entre as equações de rosas desfeitas,
se levantar em geometrias lindas
o inumerável amor. As pétalas se vão
ao fogo, a haste guarda-se no bolso.
A espionagem amorosa dos entendimentos
dos segredos desenhados na louça,
não desprezará, no cômputo geral,
o peso do perfume.
6 comentários:
Vertere seria ludo, Horácio, Ars Poetica: misturar o sério ao divertimento
As pétalas se vão, mas o perfume fica.!
Abraços Dauri
E que divertimento!
Abraço amigo e irmão.
Nice words !! nice blog..
Lendo,veio-me à mente um caleidoscópio perfumado.
Bjs.
Maria Helena
"No limite da vida entre a chance e o desperdício"...
Antes de ontem eu vim aqui comentar este texto e meu computador apagou antes que eu concluisse o comentário.
Você parece que subverte a palavra e pinta o sete de modo genial.
Aqui você brinca com a seriedade das operações e contabiliza o que quer.
Poema operações e soma em novas possibilidades.
Beijos.
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