19 fevereiro 2011

Inesperado sol

55

Tinha esperança, mesmo na negação do que desejava tinha esperança de um momento na ilha, e esta idéia nem lhe passara pela cabeça até que o gerente apontasse para lá com curiosidade, o que desejaria ele naquele passeio?, podia ser a curiosidade insípida de quem não tem o que fazer num domingo, ou não, um momento naquela ilha com o gerente, não queria aliar uma história com outra, a que vivia agora e aquela com o estivador, insuportáveis lembranças, mas gostava da ilha, misturava, dividia-se em vacilos, chamá-lo de Augusto, forçar nas palavras o primeiro passo da intimidade, ou senhor Augusto ou senhor gerente, mas os meninos traziam-lhe um alívio, um recado, uma contrariedade, os sentimentos se adensavam em junções, de través, os sentimentos sempre são travessas sobre as quais se colocam telheiros, sonhos de abrigo. Fala menino, o que houve, por que este desespero? Sua avó pediu pra você ir buscar o padre lá na igreja de São Pedro, dona Estelita está morrendo, disse pra você pedir ao gerente o favor de ir  de carro, rápido, podemos ir também? falava o capitão já sem tanta ofegação, interessavam-se pelo passeio, ainda não se davam conta dos extremos da linha, tão vivamente seus novelos de vida estavam trançados, aglomerados de voltas e extensão, que não se davam conta das extremidades, do começo lá onde não sabiam, e fim, fim inalcansável e inexistente ainda, a roda gira, gira, as engrenagens não param, nem Santa Catarina consegue. Dias olhou para o gerente, este tinha os olhos naufragados, barco afundando em águas paradas não de calmaria, de placidez, mas da quietude de dias fortemente nublados quando as sombras das nuvens iludem de paz o embate, olhava para os meninos sem ouvir, sem se interessar pela agonia de morte daquela pessoa, mas logo, de salto, pos-se de pé e tomou a chaves, junto as quais tinha agregado a da ignição do carro e, vamos!, disse decidido, foi andando.

17 fevereiro 2011

Inesperado sol

54

Além do pedido do gerente veio o silêncio, o silêncio, a sombra, o sol escaldante, o olhar preso em insignificantes coisas, coisas passadas e presentes povoavam a mente de ambos, sem consistência, como nuvens brancas e fluidas de leveza que ora formam um animal ora formam outro, logo formam um bicho estranho e assim sucessivavemte sem ajuste definitivo. Depois daquele intervalo, grande ou pequeno não sabia, não ouvia a pergunta que o Augusto lhe fazia, outra pergunta, sobre a ilha, em parte ouvia, Dias teve o coração contraído por uma onda, Augusto perguntava algo sobre aquela ilhota ali em frente, uma onda lhe contraía o coração ao modo de onda de temporal, forte, tirando-lhe a atenção, ou dividindo-a desigualmente, a maior parte para o próprio peito e a outra pelos ouvidos ao que se dava ali, o gerente, a onda trazia um buquê de ternura, mas ao mesmo tempo arrepio de medos indistintos. O que o senhor perguntou mesmo sobre a ilha?, refazia-se do arrepio e da sensação estranha tentando voltar à conversa. O gerente respondeu, esquece, era só uma pergunta boba sobre aquela ilha, apontou. Sim, seguiu dias, é uma ilha que ninguém sabe ao certo a quem pertence, deve ser do governo, o que houve ali ninguém sabe, há uma ruína, já fui lá várias vezes, arrependeu-se de ter dito isto, talvez tivesse tido de propósito, e a onda já se tinha ido e Dias se perguntava se a avó saberia explicar o que ele sentira, uns dizem que foi casa de um barão muito rico, inventava um roteiro para um filme, que ali segregou a mulher da qual tinha muitos indícios de infidelidade, outros dizem, e já era verdade, que foi casa onde ficavam os imigrantes logo que chegavam da Europa até que lhes destinassem um rumo para as colônias. Tremia Dias com a possibilidade de ir até a ilhota num barco a remo com o gerente, ficar sozinho com ele lá, não, não queria que ele lhe fizesse esse convite, lembrava das vezes ainda bem novo quando o Barroso o levava para lá, não, no início detestava, depois deu o nome de amor a aquilo, duvidava hoje, balançou levemente a cabeça na negativa, apavorava-se do desejo que voltava sem domínios, carecendo de rédeas. Eu gostaria de ir até lá, disse Augusto, tem como ver qual destes barcos eu posso usar, você vem comigo?, sabe remar? Ouviu-se um grito ao longe, Dias, Dias, eram os meninos, à frente o capitão sem pipa sem nada, seguido pelos outros três, Dias, Dias, acenavam de longe, Dias, Dias, dizia esbaforido o chefe deles já chegando e descendo pelas escadas indo até a praia e deitando-se na areia fresca na sombra da castanheira, enquanto os outros se assentavam por ali nos barcos na areia, o menor tendo ido brincar na água parecia livre da obrigação do recado.

14 fevereiro 2011

Inesperado sol

53

Enquanto conversava com o gerente, um lençol caindo sobre a cama quando a mão macia de vento faz o pouso suave e aberto do pano, Dias foi caindo outra vez na idéia de que o que acontecia era mais uma cena de filme, dessas cenas sem história de começo meio e fim, apenas quadros que depois juntaria, as cenas eram importantes não o que elas contavam, a história apareceria depois, quando dos cortes, queria estudar cinema, onde se estuda cinema? Em Nova Iorque, mas Nova Iorque fazia parte das cenas cortadas, cenas com o Barroso, talvez no Rio de Janeiro, olhou para o rapaz ao seu lado e desejou fechar a câmera, aproximar-se daquelas expressões, aproximar-se de cada vinco, de cada fio de barba, dos lábios finos e apertados, do movimento da camisa sobre o peito, ir com a câmera até ser possível sentir os odores daquele corpo, mas às rápidas, como se o diretor estivesse embriagado, o foco foi se desviando para os seus próprios pés, que balançavam ao jeito de um menino posto sentado num banco mais alto que as pernas e ficasse esperando a mãe, balançavam, balançavam num prenúncio de que alguém se atiraria na água, de que o calor insuportável da situação terminaria com uma queda n'água, desejos dominados, desejos em luta, embates árduos..., e amor?, amor se domina ou o tal domínio se exerce somente sobre os desejos?, quem sabe de amor? quem sabe o amor tenha um caminho que não aceite o domínio da vontade, o desejo é cavalo passível de adestramento, amor não, não precisa disso, ele já é certo, mestre de si mesmo, vem e vai quando bem entende, não sabia exatamente o que sentia por aquele homem, pensava Dias, mas, o que queria a avó ao entregar tais números ao gerente? poderia não ser amor, de uma hora para outra, o que poderia ser aquilo que crescera dentro dele? Tenho este molho de chaves e estes números, de nada me servem, estas chaves abrem portas sem importância, e gavetas vazias, disse o gerente, preciso entender melhor umas coisas, penso que sua avó poderá me ajudar, avise-a que preciso ter uma conversa com ela, por favor.

10 fevereiro 2011

Inesperado sol

52

Ficaram a observar o mar, os barcos e o balanço dos barcos, as aves indo e vindo, olhavam as mesmas coisas, enquanto um olhava os pássaros em volteios no céu o outro se prendia no balanço miudo de um barco ao sabor da maré, enquanto um olhava para o mangue lá do outro lado e as montanhas longe o outro olhava para a corda que segurava o barco no ancoradouro, mas estavam à sombra de uma castanheira, podiam ficar quietos e deixar o silêncio vagarosamente ir perdendo aquele peso que se deitava entre eles, a velha castanheira estendia seus galhos para bem longe do tronco e pendiam sobre a pequena praia e a mureta, tão majestosa se dobrava que era como se José de Anchieta caminhasse por ali e recebesse suas reverências. A sombra grossa dava ao lugar naquele horário, quase meio dia, um ar de desejos saciados, calmaria depois do estertor, mas uma neblina encobria tudo entre eles, uma neblina que umedecia as mentes com devoções ao silêncio como um voto, a neblina se estendeu, se estendeu, se fragmentou e se foi esvaindo. Quem é sua avó?, perguntou o gerente rompendo a nevoenta e aparente placidez entre eles. Por que o senhor me pergunta isso? respondeu Dias. Uma senhora veio me visitar bem cedo outro dia e me trouxe um papel com uns números, não entendi que números são estes, bem que procurou cofres naqueles escritórios, imaginou que fosse o segredo do cofre, preciso falar de novo com aquela senhora, disse o gerente. Com as informações que trocaram chegaram a conclusão, Dias se surpreendeu com mais aquela história protagonizada pela avó, de que a tal senhora era mesmo a avó Luzia.

08 fevereiro 2011

Inesperado sol

51

Que tudo se desfaça, os pensamentos, os planos de palavras transformadas em voz de declaração, que se desfaçam como ondas mansas nos muros, nas pedras, nas estacas, no cálcio das conchas grudadas no pier estas confissões de amor, de ilusões, esteios de sustentação, ia num ritmo só, mas não tão rápido, chegando ao cais, o ar tremia de alegria na luz como se o verão ainda se estendesse até abril. O gerente estava sentado sobre um resto de mureta, as pernas jogadas para a água sem tocá-la, talvez quando a maré subisse bem alta tocasse, talvez nem assim, olhava, olhava os pássaros indo e vindo, pássaros de mar, pensava o quê? Dias aproximou-se e sentou-se do mesmo jeito com as pernas penduras, em silêncio, espuma de águas batentes nas pedras sob os seus pés, em planos desfeitos, ondas que bordam rendas e retornam água, sem forma sem nada, conversaria qualquer coisa, mentiria e diria trivialidades. O que houve rapaz?, o gerente perguntou desconfiado, com gestos que indicavam incômodo com aquela presença ao seu lado, susto. Desculpa senhor, não quero incomodá-lo, fui ver minha avó, mas ela teve que ir às pressas ajudar alguém, saí então andando para me distrair, e aqui estou. A explicação aos seus próprios ouvidos não pareceu boa, mas que importava agora, melhor não falar mais nada, ficar quieto, suportaria o silêncio que viesse entre os dois, estranhos, eram estranhos ainda mais assim lado a lado olhando, ambos, os barcos, o mar, a paisagem emoldurada de velhas coisas dos homens, o silêncio veio, veio e se estendeu por uma planície despovoada em poucos segundos, constrangedor. Mas um vento doce soprava do mar, alivante.

05 fevereiro 2011

Inesperado sol

50

Dias desceu na mesma direção que os meninos tomaram com a pipa, numa leve e mansa inclinação do terreno coberto de capim mas logo retomou a estrada que ia para o cais que ficava a um quilômetro mais ou menos distante, talvez nem isso e seguiu. À esquerda de quem seguia para o cais, no lado oposto ao que os meninos estavam, umas vacas pastavam numa larga faixa de gramíneas que margeava um restante de mata de restinga, ali por dentro existem pitangueiras, muitos pés, colhia pitangas quando menino para a avó, enchia um embornal, outros meninos agora se encarregam disso, mas talvez não saibam colher com o cuidado que as pitangas maduras exigem, ele e a avó adoram pitangas, a avó gostava a cada colheita, de encher um litro bem branquinho, totalmente transparente, com as mais vermelhinhas, encher bem, até no gargalo, e depois, com aquele funil que ainda hoje fica pendurado com as canecas sobre a pia, pequeno funil de aluminio todo amarrotado, ia derramando cachaça até que as pitangas ficassem todas cobertas, o litro ficava bonito bonito, e a cozinha em todos os seus cantos se preenchia daquele cheiro de pitanga e de cachaça evaporada. As vacas pastavam como se o mundo girasse sobre engrenagens que recebiam do céu um fio fino, reto, constante de azeite. Uma das vacas, talvez a mais velha, magra e esmirrada, mas ainda capaz de sustentar seu bezerro, virou-se com um quase imperceptível mugido olhando na sua direção mastigando calmamente aquele mesmo capim que depois ainda mais calmamente seria regurgitado e ruminado, a vaca olhou para ele e o viu, mas não o viu, atravessou-o com o olhar, enxergou tudo de vez e ele, ele era apenas uma parte encaixada no mundo todo dos seus olhos, e como aqueles olhos abarcavam em paz todas as coisas, Dias se lembrou da avó que também magrinha, esmirrada se tinha ido às pressas ajudar alguém que se despedia da vida, a vaca se parecia com a avó, ou o contrário, participavam, ambas, de uma dança incompreensível, e talvez por isso, porque as vacas veem outros mundos, sejam sagradas na India, pensou.

04 fevereiro 2011

Inesperado sol

49

Ia caminhando não tão decidido, um vacilo se imiscuia em seus passos, mas ia, fazer a volta e retornar exigiria muito, não poderia ceder, o sol cantava alegre ao jeito de manhãs em que se vai para a praia com amigos, melhor mesmo era seguir, há um bom tempo que não ia ao velho cais, gostava de pescar por ali quando criança, mas o trabalho naquela lanchonete na cidade lhe tirava a vontade de pescar ou de fazer qualquer outra coisa no domingo senão descançar, ir à casa da avó Luzia, sentar para fumar por alí sobre uma carcaça qualquer de carro abandonado naquele fim de mundo enferrujado e ver o tempo passar, talvez no esforço conseguisse, sempre conseguia, estudar um pouco para as aulas que frequentava à noite no colégio estadual. Andar faz bem, dizia-se esta frase boba olhando o velho cais ao fundo, mas era bom mesmo andar naquela manhã, o mar sempre enfeita qualquer paisagem, mesmo quando a tristeza do abandono venha a tingir de marrons avermelhados e cinsas o brilho dos olhos, andar faz bem, sentia isso no peito, no corpo, movia-se num composto gasoso de alegria, entusiasmo e ingenuidade, gostava daquele lugar na verdade, ali ninguém era dono, mas também ninguém pagava aluguel, ele era um dos poucos a morar ali sem ter sido de algum modo funcionário ou dependente de funcionário daquele parque industrial, dizem que o dono, um italiano muito rico voltou para a Itália e tudo largou, dizem que nos últimos tempos tornou-se um homem triste, comentam outros que ele faliu e voltou para os seus negócios na Itália onde ainda é bem rico, ninguém sabe ao certo, mas também ninguém sabe de onde surgiu aquele boato de que um novo gerente chegaria, mas todos se alegraram, tudo está na justiça, são muitos processos, contendas, dívidas e mais dívidas, tudo parado a muitos anos, parecia-lhe improvável que de repente viesse assim um tal para administrar aquilo. Dias, Dias, gritavam os meninos interrompendo seus pensamentos, Dias, Dias, chamavam já bem próximos e ofegantes. O que foi agora?, perguntou Dias, o que há com a arraia? Ouvimos, respondeu um deles com aquele ar de amigo que tudo conta só pela amizade, o Justino Barroso conversando com uns homens lá na porta do bar, o bar está fechado, mas eles estão lá na porta comendo tira-gosto e bebendo. E o que tenho eu a ver com Isto? perguntou Dias. É que eles estavam falando de você, é, o Justino Barroso. O que falavam? Bem, não sei, respondeu o que tinha uns doze anos, o Barroso falou o seu nome, ele estava xingando... mas Dias?, continuou o menino, o que quer dizer esquadrão da morte? Esquadrão da morte?, indagou Dias franzindo os olhos sem saber do que se tratava. É, esquadrão, disse o menino, esquadrão da morte.

02 fevereiro 2011

Inesperado sol

48

Aqueles quatro meninos corriam pelos espaços abertos limpos dos muitos entulhos de ferro e do mato abundante agora recolhido em montes que secavam ao sol, muitas espécies diferentes que temperavam o ar de um agridoce cheiro verde e morno de vida nova, corriam tentanto levantar uma arraia, passaram pelo Dias, a chuva pouca do dia anterior no solo aquecido trazia a suavidade da terra para os seus passos corridos em sandálias de dedo que pareciam coladas à sola dos pés, corriam os quatro com uma única pipa em papel amarelo a parecer sorrir ao domingo de sol mas que rodopiava, rodopiava e não subia além de uns poucos metros acima do chão, Dias se enterneceu de suas tentativas frustradas, se bem que se divertiam do mesmo jeito pelo que ficava claro em suas risadas e nos atritos descontraídos de opinião que manifestavam para que a empresa de fazer subir a danada da arráia obtivesse sucesso, Dias não resistiu, se envolveu, acertou as varetas do brinquedo de levezas e ventos e deu uma atenção especial à rabiola, encontrou o equilíbrio das partes, rapidamente depois no céu fundo de azul brilhante e de nuvens macias de brancura o amarelo da arraia foi diminuindo, diminuindo, diminuindo, subindo como passarinho feliz que voa em seu propósito e esforço de comer, viver, procriar, a arraia foi subindo e bailando em seu voo, movimento leve e impensado de viver. Vocês viram o senhor gerente?, perguntou aos meninos como se a pergunta fosse só a expressão inocente de uma curiosidade, ele está lá no cais, responderam, e Dias se perguntou o que faria o gerente no velho cais, mas logo voltou a bem dizer para si mesmo que era certo o que ele fazia, de querer conhecer todos os cantos daquele lugar abandonado que agora esperava na ferrugem dos anos o seu olhar de cuidado e a sua palavra de admnistração, e além do mais, o cais ainda tinha um quê de vida, um movimento de pescadores que por ali se arranjavam nos reparos de suas embarcações e no manejo do pouco peixe que conseguiam em sua lutas sem feriados, dias santos e domingos.

01 fevereiro 2011

Inesperado sol

47


Folha velha de papel arrastada por um espaço largo e ancorada numa parede azul desbotada, seus olhos caíram sobre o gerente no bar, foi assim, não esperava senão ver um homem a mais, a novidade na boca de todos ali na vila, o novo gerente, o que esperava era um senhor com ar de importância, esta que não se tem, mas que se forja em esteriotipados trejeitos de se achar, jeitos que de costume via nos que ocupam cargos intermediários, pessoas que estão no degrau do meio, ou mais abaixo do meio, e que se vestem de capas e olhares e posturas de quem está no topo da escada, se surpreendeu, o gerente era um homem bonito, com aquele ar de jovialidade e madurez que se alcança entre os trinta e os quarenta, totalmente destituído de uma forjada autoridade. Não gostou nada do que sentiu, borbulhar de águas encachoeiradas que perdem a transparência, ficam leitosas, pesos de grandes nuvens na barra do céu anunciando temporal. Seus olhos caíram sobre ele com carinho e uma febre de energia se anunciou por debaixo da pele, sinais de outra história, ou de outros capítulos de uma mesma e enceguerante história a se desdobrar, o Justino Barroso, o sargento no exército, agora este. Os passos se aceleraram, já avistava o prédio dos escritórios, uma janela no segundo pavimento aberta. Queria recuar, voltar atrás, não conseguiria. Dane-se, disse pra si mesmo já vivendo a alegria da decisão.