vertere seria ludo V
O tempo de dançar estima-se
é o prazo de um fogo. A vigília
já termina. O tempo é de ir.
Ignora-se as roseiras floridas.
A presença querida se avista
ao longe num outro jardim. Rosas
amarelas e poesias de amor.
Mas, desconhecido é o poema,
o autor e o título do livro. Será
preciso ler a primeira página e encontrar
a tradução de cavalos indomados
na língua virada dessas palavras.
Se assim se der, a festa recomeça.
11 comentários:
Vertere seria ludo, Horácio, Ars Poetica: misturar o sério ao divertimento
Sim poeta, a festa recomeça quando sua caneta da asas as palavras.
E novamente sorri, seriamente.
E qual não é o tempo do fogo senão o de uma vida...Vida que vai se fazendo chama e cresce e se alumia enfeitando e se vestindo de cores desde um amarelo clarinho até um azul quando se esvai e vai-se na mesma fraqueza com que nasce.
Uma língua de fogo um cavalo indomado é isso tudo que a palavra disse. Eita clarão de fogo que correu no pasto, sô!
Um beijo.
Dauri teu slide está de uma beleza rara.
Fiquei parada e maravilhada um tantão.
"...eu me cmprei de novo por uma poça d'água...numa cavidade de pedra..."
('Vige santa!', tá uma lindeza, Dauri'
Se encontrares a "tradução de cavalos indomados
na língua virada dessas palavras,"
Fara com que fique tudo pelo avesso...
A avesso das palavras tem entranhas desconhecidas...
Beijos!
E lendo as tuas primeiras linhas já tive a certeza de que a festa ia começar.
A alma dança quando ler. E se a alma dança as palavras são fogueiras.
beijo, um lindo dia!
como formigas
a carregar o farnel
somos do céu
ou o céu
ou ao léu
Continuemos, Dauri Jack.
como transpor correrias em surreais equações onde o ser animal se revela nas pequenas ações nossas...
abs meu caro.
gostei desse =]
a primeira estrofe é excelente!
As espumas das cinzas,
vão lavar as dores dos mortos
na versão do amanhecer
somos patrulheiros ,sambistas..
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