vertere seria ludo IX
Um ciclo de gritos, fracassos, ensaios
de admiração do belo e espanto: códigos
ainda, poemas depois. Alguns cães
ladram diante do hábito amarelo
do monge do farol que vai (ou que vem).
Lâmpadas, labaredas, amor
criam luzes, sinalizam rumos
e mares a se navegar. Se há
uma ventania nos lados de dentro
o vento é um impulso
para a cor dourada do sol. Viver,
invenção de fazer resumos de mares,
pedras, flores, átomos num
rubro mundo pulsante no peito.
O jogo de entendimentos das coisas
firma-se em letras e no preço de dizer
cada uma pelo doce do nome. Espinhos
e vinhos são barcos que passam. Um traço
no fim de tudo mistura no mesmo vaso
o auge do voo das gaivotas e das constelações.
6 comentários:
Vertere seria ludo, Horácio, Ars Poetica: misturar o sério ao divertimento
Sei que tem tanto nessas palavras que não entendo.
"Se há uma ventania nos lados de dentro o vento é um impulso para a cor dourada do sol"
Gostei! Lembrei das forças que vem de dentro, arrastando as nuvens que cobrem o sol, soprando ventanias outras.
beijo, boa semana!
"Espinhos
e vinhos são barcos que passam"
quanta verdade!!!
beijos, lindo!
Dauri, incrivel a proposta e conceito do seu blog, gostei mesmo e por isso seguirei. abraço
"...Lâmpadas, labaredas, amor
criam luzes, sinalizam rumos
e mares a se navegar..."
Digo o mesmo que a Paula, as vezes também ficam pedaços que não entendo...
O certo seria entender o todo...
Mas fico aqui a retalhar seus versos...
Entendo que realmente só amor ditas rumos e mares a navegar...
Sen ele ficamos ao léu...
Beijos e desculpe e amu jeito...rs
conter os impulsos..,é necessário!
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