VII
Nas casas, nas ruas,
nos campos onde o destino
encontra-se comigo,
artista faço-me de mim.
Retiro o peso
que comprime o nervo
das estradas que doem.
O arremesso que me joga
pedra, lança, longe, longe,
além do que meus olhos previam,
pode ser o amor.
Que me adoeço de mim,
sei, quando os passos
desencontram-se do horizonte,
do sol, da noite, do vento,
da flor selvagem que pende na tarde
e do rio lento
que vai.
Amar não vale a pena,
aconselha-me, corre, corre, espera-te
cansada a felicidade. Amor,
digo. Titubeio, mas digo.
Condena-me. Quem? Pois,
haverá outro modo
de curar-me?
9 comentários:
Titubeio, Mas digo..!
Abraços..!
sempre com criativas criaçoes, abraços!
"Que me adoeço de mim"!
mais um poema de amor!
É... o amor nos joga longe!
Dauri, estou em Parati, e andando na praia, olhando a serra com neblina, o olhar se perdendo no horizonte .....e quando meu olhar subiu a serra, atravessou a neblina, cruzou o horizonte e eu voei... me lembrei que esse encontro do olhar com o horizonte, me lembra seus escritos, me lembrou você.
Por esses dias não escrevo, nem sei comentar, só apreciando, paisagens, palavras e emoçoes.
beijo
"Retiro o peso
que comprime o nervo
das estradas que doem."
Uma das mais belas imagens que encontrei aqui, onde elas florescem como água de fonte!
Eu tb gosto de adoecer... mas com frases de quem sabe das palavras. Assim.
Beijo, poeta.
Tudo tranquilo Dauri.
Gostei também do seu "canto".
Vou adicioná-lo lá nos Fronteiriços.
Abraço.
Obs: Fiquei curioso pra saber como encontrou o blog (rsrs).
Já li você várias vezes, só nunca comentei.
Por motivos meus, dessa vez resolvi comentar, dizer o quanto gosto de ler você e ler seus comentários em outros blogs.
É, eu gosto do que sai de você em forma de palavras.
E amar? Amar vale a pena.
Nós é que não sabemos amar.
beijo!
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