Um choro ou
um cachorro
são dobras
do mesmo papel
onde está escrito amor.
Repartir
a saudade em pedaços
é parte da receita.
O resto eu esqueci.
Onde os olhos se perdem
é o horizonte.
Olhares perdidos no entanto
não amassam o pão.
Talvez encontrem ovnis.
O que se diz,
se diz
pelo sabor da pronúncia,
um leve contentamento.
4 comentários:
Lindíssimooooo!
Um jogo de palavras perfeito e um contexto inteiro!
Lindo mesmo, meu poeta...
No fundo somos mesmo dobras do mesmo papel. Somos palavras soltas, que quando unidas, formamos frases. E se pronunciadas, contamos sempre uma história...
Adorei, viu?
Ótima semana!
Beijo grande.
Dauri, pensei em comentar sobre a saudade, e a divisão que me faz, os muitos pedaços que me torna.
E ao reler, a palavra horizonte me reportou a uma imagem.
O encontro do céu azul com a serra alta de vegetação bem verde, a sensação boa, a lembrança e um tipo de saudade, onde realmente o olhar vai, vai, vai... se perde, e se volta para dentro de nós.
beijo
...engraçado que a saudade
vem sempre em pedaços,
e vamos degustando-a
como um doce raro.
bj, querido poeta das
palavras mágicas.
"O que se diz,
se diz
pelo sabor da pronúncia"
bonito...
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