01 junho 2009

Quando invento uma nova série, invento
por inquietude, mas é em ti que penso.
Não me imagino senão te oferecendo sempre

uma leve diferença nos meus repetidos poemas.
Eis uma nova série. Se quiser me acompanhar,
por favor...

I

Que tal você ligar para o seu patrão
e dizer que vai se atrasar?

Você vai dizer que começou a ter idéias
pedaço por pedaço
ao ler um poema desconhecido
e ao ler viu
uma borboleta entrando e saindo
dos versos...
vá... diga isso... acredite
e fique aqui comigo.

Depois te dou outra idéia
Vá... diga.

II

Tenho outra idéia. Que tal?
Você vai dizer a verdade.

Vai dizer que está pensando
uma coisa muito importante
seguindo um reverso de luz
numa palavra de jornal.
Você viu
que tudo pode acabar num avião
ou nascer de novo numa decisão.
Vá... diga isso... viva
e fique aqui comigo.

Ou, se quiser, diz a própria poesia
Vá... diga.

6 comentários:

Paula Barros disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Paula Barros disse...

Dauri, esse foi o convite mais provocante, mais gostoso, que já li.

Já estou no trabalho, e sempre abro o seu blog várias vezes ao dia. Ler seu blog atrasa o serviço por uns momentos, mas me adianta ideias e emoções e até melhora o humor, desde que não me interrompam.

Meu chefe ontem pediu para eu escrever uma história de uma pessoa que viu o carro pela primeira vez. Disse a ele que não sei contar histórias assim. Só escrevo quando as palavras caem de mim.

E ler seus ????? (não vou dá nomes rsrsr) me deixa sentindo borboletas pelo corpo, acho que aspiro as borboletas que tem nos versos e caem palavras por mim.

E estou aqui sem trabalhar.rsrsrs

beijo, um lindo dia com borboletas no seu jardim alma.

E lhe digo, eu que fico inquieta esperando a próxima.

Paula Barros disse...

O chefe chegou, deu bom dia, um beijo no rosto, falou, mas eu em vez de estar trabalhando estava escrevendo....

Dauri, além do avião a nos lembrar que somos morríveis (existe?), perdemos um colega de morte súbita, e lembramos da vida.


Mas a poesia da vida, a que move a alma, nem sempre é dita em vida, a quem dá brilho a vida.

beijo

Sueli Maia (Mai) disse...

O que sinto, cala e falo por minh'alma, a poesia. Quando a escrevo - a palavra, a língua...
Numa a imaginação, criação, invenção - sim, acredito e digo em meus versos, também.

Noutra, a realidade, a concretude da vida - sim, vivo e digo em meus versos, também.
'essapalavra' em ambas, pedaço por pedaço eu digo, tu dizes nós dizemos...

Beijo,

Ava disse...

Vou acreditar na magia...

Vou dizer ao meu chefe que estou me metamorfoseando...

Que estou me transformando numa linda borboleta e sairei por aí, em busca de um jardim de versos...
"essapalavra" ele vai entender...rs

Qualquer mágica é válida para não perder esse jardim onde cada palavra se tranforma em flor... Num desabrochar de inefáveis poeisas...

Dauri, vc mexe com a cabeça da gente...

Ou seria o coração?

Ou seria a Alma?


Na falta de uma resposta, te deixo um beijo...

Acho que hoje, com sabor de poesia...

Anônimo disse...

sagrados segredos mas não desconhecidos.
envelopados mas não postados.

(viajei)