III
A caneta nova, um presente
no estojo é uma máquina
do tempo,
emperrada. Ela me prende
aqui. Para dizer o que digo,
faço
caminho de curvas entre palavras soltas por aí.
Saber o amor, o que é?
A vida talvez possa ser.
Sacrifício
é o que é. O amor será doce,
a dor será o amargor da palavra
que tenta
explicar o que se passa no poema doido.
Em uns três livros, quatro, amontoados
na mesa de trabalho, as palavras
trazem
o amarelo das mãos, o sujo
do olhar. A vida ganha e se perde no sol,
as horas
que passam dizem o que é a vaidade.
8 comentários:
Vaidade de vaidades. Tudo passa!
Mas nesse passar, nesse durante, tentamos inutilmente, fisgar o instante ligeiro, a dor no poema doído. Mas o instante... já passou. E a dor? A dor tb. Tudo é vaidade. Tudo passa.
OLá Dauri...ainda escrevo com caneta ao invés de digitar, primeiro vou escrevinhando, rabiscando, amassando, até que a palavra nasça, vaidosa ou não...
Mais um belo poema amigo...
Esquece todos os poemas que fizeste. Que cada poema seja o número um.
Mário Quintana
E assim a gente segue...
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...me pareceu enfadado, poeta...
Um momento de pausa, uma reflexão...
Beijos de luz e o meu carinho!!!
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Mundo azul,
quero colorir os meus escritos, a cada tempo, com variadas cores, inclusive as do enfado. Sei que não consigo a expressão da cor exata, por me faltar a devida competência, mas ficam ai as manchas no ESSAPALAVRA, tentativas de dizer outras coisas, pois que as mesmas enfadam.
Beijo.
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a caneta, o estojo, e dentro de tudo a imperativa potencialidade de construções infinitas...
Abraço forte, Dauri Jack.
Continuemos...
Dauri, li, e sigo pensando. A minha pressa, não me impede de te ler.
beijo
"Que seja doce."Abraço!
Ps.: Amigo Dauri, tem uma singela homenagem a ti no meu humilde blog.
Dauri,
de verdade... me emocionei.
Para mim, o q vc escreveu teve um sentido muito forte... passei por uma situação em q ler isso, veio de acordo com o que vivi e com o q vivo agora...
Algo como meditação, como se eu tivesse pensado isso, mas não dessa forma, tão bonita...
Abraço muito forte.
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