20 março 2009

X

No caminho em que procuro poesias
extravios de olhares e amores
me deixam suscetível
ao poder de ventanias
que me lançam contra muros
onde me ralo em ásperas paredes.
Daí uma possível explicação
para o que escrevo,
...e para estes mundos que me aparecem.

7 comentários:

Sueli Maia (Mai) disse...

São ásperas, mesmo, as paredes de qualquer textura quando recebem o impacto de coisas, precipitadas e arremessadas pelo poderde ventanias...

E quando estamos assim, 'voando' ao vento... tudo aparece e tudo é assombrso e tudo pode sersombra ou engano...
E se nos assustamos e depois percebemos que houve engano, ai debochamos de nós mesmos...

Beijos

Márcio Ahimsa disse...

Colhei da aspereza dos tijolos, a beleza da edificação...

Abraços, amigo.

Paula Barros disse...

Fiquei sorrindo. Porque as vezes sou jogada em redemoinhos, e escrevo, mesmo que desconexo, ou com rima ou sem rima, meloso para alguns, muito romântico para outros, apenas escrevo o que sinto, o que não entendo.

E você consegue dizer isso de forma tão bonita.


Talvez por isso que suas palavras me ralem. Elas são frutos de pele e sangue.

Sabia que ler o que você escreve já me fez escrever?

abraço.

Cosmunicando disse...

sensibilidade de colocar aqui o atrito das palavras e a aspereza de faze-las nascer... muito belo.
beijos

Anônimo disse...

Olá que belo e intenso poema,gostei muito. Parabéns.

Paz, harmonia e inspiração

Forte abraço

Cauros

NEGROPOETA disse...

E nessa mistura o poeta se torna vários. Carinhosamente Dinigro Rocha.

lula eurico disse...

Teu processo criativo surge nesse metapoema, como algo doloroso. O abraço no vazio também me faz escrever.
Abraçamigo e fraterno.