Eu ia indo. Então,
decidiram me reiniciar
no mundo da luz.
Me pararam na curva da estrada.
Nada fizeram comigo
a não ser pôr na minha língua
como pitada de sal
umas sílabas,
sílabas-deus,
e me disseram,
Efeta! Hic, hodie!
"Lux, etsi per immundos transeat, non inquinatur".
Vida sedenta,
curva da estrada,
observar que ela toca o rio,
a sede por hoje pode ser saciada.
Vida verbo,
curva da estrada,
hodie, o respiro, a poesia per immundus transeat,
a luz-água das palavras.
(A frase entre aspas é de Santo Agostinho e diz que a luz, mesmo que passe pelos impuros não se polui. Efeta, abre-te. Hic, hodie, aqui, hoje).
10 comentários:
A frase entre aspas é de Santo Agostinho e diz que a luz, mesmo que passe pelos impuros não se polui.
Efeta, abre-te. Hic, hodie, aqui, hoje.
Olá!!
legal o post!!, legal a observação no comentário, não fosse isso, não saberia...rssss
Abraço e bom finde!!
Vim agradecer sua visita e conhecer seu espaço.
Gostei das suas palavras.
Ah...pegue os selinhos lá pra vc tb.
Um otimo fim de semana.
beijooo.
Reiniciar, em sílabas colocadas como sal que dá sabor, renascer em caminhos que levem ao rio de palavras iluminadas por água que são sempre novas e imaculadas.
Um abraço
Ana Paula
Lindo poema! "Vida verbo"- gostei disso. Às vezes parece tão difícil conjugar esse verbo...
Bjos
Com um tempero como este, sílabas, vc ilumina. Bravo Dauri, bravo. abçs.
Sério, chega a ser translúcido o poema =)
Boa noite, Dauri!
Muito me alegrou seu comentário em meu blog. Volte quando quiser ao Debaixo das Asas.
Luz...
Às vezes nos acostumamos tanto com as trevas que quando vemos a luz, sentimos ‘infamiliarizados’ com a clareza.
Preciso enxergar.
Abraço, Shalom!
Palavras que parecem mesmo luz e água, que são claras e refletem a vida. Sem o verbo, mesmo com curvas na estrada, perderíamos o fôlego.
Grande poema.
Palavras que iluminam, impetuosas, abundantes. É o que sempre encontro aqui.
Abs!
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