13 fevereiro 2008

Fósforos e fagulhas

Noite,
são muitas as ruas, trechos, becos.
Fósforos - o que tenho - vou riscá-los por aí.
Luz, no fim, quem sabe, só terei a do olhar
a mirar vagamente esse exagero de estrelas
lindas, indiferentes e distantes. À vista delas
aguardarei os caminhos da manhã. Mas,
ando pensando... ainda há o que fazer.
Vou esmerilhar palavras e tirar-lhes fagulhas.

6 comentários:

Jacinta Dantas disse...

Caramba!
acabei de fazer um lamento e encontro uma saída?
Parafraseando Sergio Klein, a palavra deve ser biológica mesmo.

Um beijo

Jacinta

Dauri Batisti disse...

Cara Jacinta,
desculpa ae, mas não entendi seu comentário. Até li no seu blog o "seu Lamento" mas não entendi o que você quis dizer. Okay... Não importa... o que vale é o que cada um colhe, recolhe...

Ariadne Manfredine disse...

Dauri

Muito obrigada pela visita e desculpe a demora!
Adorei seu blog!
Bessosssssssssssssssss

Leandro Jardim disse...

É a noite que faz necessária a luz
e por isso que fomos feitos
de centelhas

gostei! :)

abs
Jardim

Jacinta Dantas disse...

refazendo o comentário, Dauri, quis dizer que no meu "lamento" fiz várias tentativas à procura de harmonia. Mas não incluí, dentre os elementos(melodia, gestos, palavra) a luz que encontrei nesse seu poema. Quanto a biologia, é que senti que a luz(sua palavra) saltava pela tela acesa, como um ser vivo. Vc me entende?
Um beijo
Jacinta

Dauri Batisti disse...

Okay Jacinta.
Muito bem explicado.
Obrigado.
Na metáfora que construí, como oposição à noite com suas frias e distantes estrelas escolhi fogo miúdo: fósforos e fagulhas.