Fósforos e fagulhas
Noite,
são muitas as ruas, trechos, becos.
Fósforos - o que tenho - vou riscá-los por aí.
Luz, no fim, quem sabe, só terei a do olhar
a mirar vagamente esse exagero de estrelas
lindas, indiferentes e distantes. À vista delas
aguardarei os caminhos da manhã. Mas,
ando pensando... ainda há o que fazer.
Vou esmerilhar palavras e tirar-lhes fagulhas.
6 comentários:
Caramba!
acabei de fazer um lamento e encontro uma saída?
Parafraseando Sergio Klein, a palavra deve ser biológica mesmo.
Um beijo
Jacinta
Cara Jacinta,
desculpa ae, mas não entendi seu comentário. Até li no seu blog o "seu Lamento" mas não entendi o que você quis dizer. Okay... Não importa... o que vale é o que cada um colhe, recolhe...
Dauri
Muito obrigada pela visita e desculpe a demora!
Adorei seu blog!
Bessosssssssssssssssss
É a noite que faz necessária a luz
e por isso que fomos feitos
de centelhas
gostei! :)
abs
Jardim
refazendo o comentário, Dauri, quis dizer que no meu "lamento" fiz várias tentativas à procura de harmonia. Mas não incluí, dentre os elementos(melodia, gestos, palavra) a luz que encontrei nesse seu poema. Quanto a biologia, é que senti que a luz(sua palavra) saltava pela tela acesa, como um ser vivo. Vc me entende?
Um beijo
Jacinta
Okay Jacinta.
Muito bem explicado.
Obrigado.
Na metáfora que construí, como oposição à noite com suas frias e distantes estrelas escolhi fogo miúdo: fósforos e fagulhas.
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