vertere seria ludo VI
O que vale no acúmulo
é o tesouro
que do monte foge.
Amontoar só vale
pelo riozinho que
por entre os montes corre.
Beber sua água,
correr por suas margens,
descer nas corredeiras
faz uma riqueza por
dentro, entre os amargos
de viver. Dá um estalo
de desprendimento
soltar do bambuzal
a poesia que jamais foi pega
pelas palavras que por aqui se acham,
ossos descobertos pelos ventos.
6 comentários:
Vertere seria ludo, Horácio, Ars Poetica: misturar o sério ao divertimento
Ossos são sonoros, estalam e doem.
"...é no fim do dia que dói... pois que o dia é parte da gente...mas dói..."
Dauri Batisti
Vês, acabo de ler esse poema e abri o coments e o slide me trouxe de volta o que dói.
caramba uma mescla que eclode livremente - uma palavra que espirra e que se mostra feito um esqueleto sob areia fina, que o vento soprando revela.
Essa Palavra.
beijo vc.
Tesouro esse que são lembranças.!
Abraços Dauri
descobri os ossos desossados pelo vento é rir da melhor graça que a vida de pedra nos apresenta...
Abraços.
Dauri, que lindo seu comentário no blog da Vivian, sobre apego e desapego.
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Essas palavras, são muitas palavras, são cachoeiras de emoção que transbordam, que fazem o coração galopar, e a alma pular.
Essas palavras tem história, tem um pulsar de vida, e caminhar por elas é como pisar descalça na beira do mar.
beijo
"...faz uma riqueza por
dentro, entre os amargos
de viver."
Sabe, como um todo, ou em doces pedaços, sua poesia penetra na alma... na imaginação...
Fechar os olhos e viajar por entre seus versos...
Aventura sem fim, afinal voce usa e abusa de seu poder de encantar com as palavras...
Beijo!
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