V
Também pássaros
e a árvore solitária
num campo que passa.
Uma rua à noite, papelões
e passos vagos. Longe,
olhar que se perde. Então
as horas sondam
as asas dos sonhos
e dizem impossibilidades,
e penduram aflições em seus
voos.
... talvez seja cansaço.
7 comentários:
Triste, Dauri.
A solidão das noites e as horas de um sono fragmentado pelos passos que assustam.
papelões feito colchões, duras camas de chão e medo.
Noite que quase não passam...
Beijos, amigo.
Bom domingo
...as horas sondam esses sonhos, ora meninos, ora uma pele tecida de sol, banhada de vento, coberta de lamento por uma vida mais plena de viver, apenas viver, desnudando dessas vestes de papel para vestir um amanhã de céu e mar, riso sem fim de acordar justiça...
Abraços, amigo.
Talvez seja cansaço...
mas o poema é muito interessante.
Obrigado pelas suas palavras,
no meu blog.
Um abraço
Eita, menino que brinca de empinar as palavras no meu coração.
"Então
as horas sondam
as asas dos sonhos
e dizem impossibilidades,
e penduram aflições em seus
voos."
....talvez seja desilusão. Asas depenadas momentaneamente.
(ei, já sabe que quando complemento falo para mim, de mim, por mim....)
beijos e abraços.
Que essas horas noturnas voem bem rápido, para dar logo lugar ao "pássaro de fogo", rsrsrs... o sol.
Bjos
O olhar se perde, mas o coração está convicto.
Abraços Dauri
O poder do versejar. Poetizando, inventou novos verbetes: gratidão, saudade, tédio, ternura e cansaço. E para alguns deles, foi preciso despoetizar. Poeta, por vezes, repórter de realidades sombrias.
Ótima série, meu amigo!
Um abraço!
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