VI
Uma angústia estrangeira
me amanhece. Desce
dos mesmo barco que
me atravessa. contrata
alegrias e abismos,
dos dias. Olhos lentos,
coração acelerado. Semeio
pensamentos depois
da boa chuva dos sonhos.
Penso. Penso é modo de dizer.
Penso porque me violentou
o amanhecer. Penso e desejo,
quero um dia bom. Será
que descobrirei o amor
pássaro certo para
soltar das mãos. Aperto
o lápis, mas sei, há
tantos modos de desenhar
na folha dos dias o amor
quantos são os raios que fazem
o sol do relógio.
Meus estrangeiros, sentimentos,
explico assim, silêncios
que acordaram. Um vento
rompeu a janela e
me voltou para mim.
8 comentários:
Seus desenhos são feitos com palavras que escrevem colorido rabiscando raios de alegria, mesmo que os sentimentos sejam estrangeiros.
Tenha uma boa noite e que o seu amanhecer lhe traga mais poemas...
Bjos
Maria Helena
Na viagem real que estou fazendo encontrei um tempinho para ler você e me deixar viajar. Me deu a sensação que eu poderia encaixar minhas fotos e minhas emoções com suas frases.
(Ainda me extasio e me espanto com sua capacidade de escrever)
beijo
o sentimento
a espera
parece estranhado
na folha branca
o traço do lápis
amanhecer
São tantos os esboços, são tantos...Tantos que descem dos...
Há barco e abarco o que descendo em amor dos barco que desci...
São tantos os traços que aperto o lápis, o amor e o barco.
um beijo
eu viajo e te viajo nesses issos que abarco.
Então não são estrangeiras todas as angustias que nos amanhecem???
Ah são..
Esses sentimentos estrangeiros que surgem, sem explicação, sem tradução...
me atravessam, e cortam.
Beijos
Olá! Vi seu recado e passei cá por essas bandas para conferir. Olha, gostei, viu?
"Será que descobrirei o amor
pássaro certo para soltar das mãos"
Bem bacana. Bem bacana.
Forte Abraço.
Olá!
Um poema muito bem escolhido, muito bonito mesmo!
Abraço
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