III
Que força bate
e rebate o metal
que se dobra no fogo
para fazer uma rosa de bronze.
Bato e rebato-me
enquanto persigo
esta forma. Penso.
Mas,
desejarei vender
a flor, inútil rosa?
Talvez a saudade,
misteriosos desejos, ou a poesia
manuseie as lâminas em brasa
nos redobres das pétalas.
De metais e lâminas
me esvazio, no entanto.
Arremesso punhais, espadas
e elmos na caldeira.
Aguardo do rei
bons acres em fértil província.
A flor em demoras fará sementes e
os dias persistirão seguindo os
passos de sonhos e ansiedades.
O amor me suportará
enquanto.
Se me limitar a aspereza do chão,
ampliar-me-ei
para além das montanhas
em olhares de fazer arte comigo mesmo.
4 comentários:
Além di português afiadissimo que você tem eu amei ler seus poemas!
Gosto de poemas!
Destaque: "(...)em olhares de fazer arte comigo mesmo."
Parabéns!
meu blog: www.johnrmulo.blogspot.com
Dauri, a mesma força que rebate esse branze, simbolicamente, é a mesma força empírica que preence enche, e transborda de suas palavras...
Ler voce é dá uma sensação de saciedade...rsrs
Vá entender...rsrsrs
Beijos e carinhos mil!
PS: As Vezes nem eu mesma me entendo... mas sinto...
"O amor me suportará
enquanto."
...Esta frase é o poema!!!
Bom texto, bem intenso, bem legal.
E obrigado pela visita e comentário no meu blog.
Abraço.
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