IV
Engole, retorce-se
o estomago, vomita,
deixa ir este fluxo, a feiúra,
palavras, ervas
que se multiplicam,
espinheiros que se espalham.
De que falo, disso,
jogo sem graça, mas feliz
(ou contente, senão feliz),
jeito de encontrar a rua
na cidade estranha
onde se vive
perdido. O amor se associa
à poesia, amasiados
em laços selvagens
e espirituais
ao mesmo tempo. As palavras
são jogadas, pedras, astros,
I ching, oráculos que
me predestinam ao sonho
de dizer, enquanto vivo,
tantos amores e mundos quantas
estrelas há no céu. Ah,
amar, a melhor brincadeira,
máquina que para o tempo,
remédio de esquecer a morte.
Porquanto digo sem causa,
sem grandes histórias
a me conduzir, por prazer.
Estranho. Dizer,
quem sabe, seja morrer
e ressuscitar com mais fome.
5 comentários:
a palavra é o prumo da vida... e disso não tenho medo de dizer...
a palavra fere, conforta, tem tom e sabor...
abraços nobre poeta,
suas palavras em mim
dançam...
palavras astro
lábios
lábios
astrais
meu astral
seu teu véu
de palavras
Sigamos, Dauri Jack.
Meu abraço.
...a tua palavra, é que
me faz pensar.
e quando penso...cresço!
smacksssssss, lindo poeta!
Rasgue
as estradas
os mares
os ares
e viaja
esqueça
o tempo
Quem sabe...
Muito linda! Pura!
Eu gostaria de edita-la no Amigos na blogosfera se o poeta permitir.
Abraço
Vim passear aqui...
Bj
Postar um comentário