A rua e a cidade,
qualquer coisa
me fala de uma luz
bem no fundo do que há em mim.
O que há em mim?
Eu mesmo, eu mesmo dentro de mim,
uma luz-treva,
uma luz que ainda não é
luz-luz. Será? O olhar é vago. Nublou,
não chove, nem relampeja. O olhar
cortou a noite em claro,
separou o ontem do amanhã
e eu,
nem me pergunte,
passeio bem no meio
de uma música triste,
linda. If you knew how
I missed you. Acabaria com meus versos
se pudesse viver sem dizer nada.
Mas não posso. Ainda não.
Não tenho suficiente luz.
2 comentários:
Eu fui lendo e me perdendo e me perguntando onde eu me perdi e onde eu estou ou vou?
E imaginei um homem cabisbaixo pensando, pensando, em se achar.
Há em tua escrita algo que mexe comigo em profundidade e, por vezes, é leve e me faz rir, sabe?
.
Mas deixa te confessar um fato:
Esta imagem que escolheste como ícone, te mostra circunspecto (gosto dessa palavra, risos...), sério. Mas fico imaginando que quando terminas de escrever e depois que lês, tu também sorrís de alguns textos e, noutros, há muita seriedade. Não sei, esse texto foi repleto de imagens.
abraço,
Essa semana escrevi numa folha - escrevo porque penso. Olhava depois e nem eu mesmo sei explicar, sei que todos pensam. Talvez escreva o que não posso falar. Ou o que não entendo.
Acabar com os versos? Isso não é tão prudente para quem tem tanto para dizer. Para quem toca outras almas, concordando com Mai, em profundidade.
E quanto mais luz tiver mais tocará os corações.
Acredito que o escrever é também libertar-se, procurar-se, buscar a luz.
um beijo
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