(aqui) faltam letras, inarticulam-se
palavras em sangue escorrido em lamínulas.
As vertentes da mente pendem
para o coração. Acelerado
cavalo solto em pasto amplo,
peito apertado, pensamentos
e imaginações. Sobressaltos.
O braço sobre o apoio.
A moça de branco depois do bom-dia
virou-se em seus eixos,
tubos e seringas. Fina,
bem fina, introduzida na veia, a agulha
sem linha. O olho costurando tudo,
vendo o que não se devia ver.
Comum, era assim, o azul
da veia estufada bem no meio
do braço, um riacho na curva, novelo
desfeito, um riacho em cheia,
subterrâneo. A azul
nobre vida vassala, ordinária,
ali, misteriosa. Glicose
colesterol, tri. Triglicerídeos,
sustos e anos que passam.
A infância ainda perto
dos sonhos, a infância tão longe (...)
sempre tão perto nos medos.
12 comentários:
Se todo não-poeta fosse e escrevesse como você, Dauri Jack, talvez o mundo fosse mais perfeito.
Sigo daqui e tu segues daí.
Continuemos...
Admirável Amigo Poeta:
Um soberbo e delicioso poema de encantar. Um flagelo do ser e sentir. O mundo alucinado do vício atroz. O sentir harmonioso, mas desencantado de poetas e poetizas que duvidam perante a adversidade dos tempos actuais de podridão de seres. Que pergunta. Que discorda. Que vivem no desencanto do sonhar real. Um poema lindo. Maravilhoso. De encanto. É feito com Alma de maravilhar.
Escreve tão bem. Existe uma fluidez extraordinária na sua fabulosa sensibilidade de um versejar perfeito, belo, genial.
Abraço forte de amizade, sim, talentoso e Gigante Amigo...?
Tanta pureza à flor da pele como o Firmamento inteiro que cintila de estrelas perfeitas de pureza nos seus versos geniais.
Adorei. Excelente.
Imbuído do maior respeito sincero pelas suas palavras admiráveis...
Cordialmente...
pena
Bem-Haja, fantástico e extraordinário Amigo.
MUITO OBRIGADO pela sua visita no meu blogue. Adorei!
Belas palavras...
Visite-me:
http://dialogoscomlane.blogspot.com/
Gostei muito do seu blog...os textos são muitos bons.
Vou te linkar aos meus favoritos, pois quero voltar aqui outras vezes.
abraços
Hugo
Dauri, suas palavras vão dando nó em minha mente...
Se entrelaçam, e me amarram...
Há uma sentimento de dor tão forte por detrás delas...
Medo... medo até de um hemograma completo...
Acho que tenho medo de raio-x da minha alma...
O resultado pode er assustador...rs
Beijos em seu coração...
Querida Ava,
particularmente não tenho medo de agulhas, etc. Mas a cena que eu aproveitei no poemeto é uma cena metafórica de medos e anseios que vivemos no dia-dia. Isto é o que estou tentando expor nesse atual série de "issos".
Como não sou poeta estou procurando escrever sobre ordinárias cenas da vida e a linguagem quer ser torta,
estranha. Por isso começo dizendo (aqui) faltam letras.
Por aí...
beijo.
Pensamentos, imaginação
Emoção, sonhos
Vida!
Medos, sobressaltos
Inquietudes, frustrações
Vida!
Amores, desejos
Vontades, realizações
Vida!
Passado,futuro
Um presente, momentos, permeados por ambos
Dia a dia....
Oh! Vida!
Caminhos, destinos
Escolhas...
E buscar olhar a vida
Tirando dela poesia, melodia, encanto
Dançando com ela, fazendo ela dançar.
A vida....
"Acelerado
cavalo solto em pasto amplo,
peito apertado, pensamentos
e imaginações" - Dauri, ia comentar esse trecho que gostei muito e, sei lá, escrevi o que escrevi.
abraço
Saudade de você, amigo.
Agora o post está completo.
Grande abraço!
é mais
poeta
aquele que é parido
ou o que pare?
quem comenta poetizando é poeta em trinca, nem em dobro é.
grande abraço, Dauri Jack.
sempre lendo teus versos não-versos
(?)
Sigamos...
Bom domingo.
Nice words !! Thanks for sharing..Unseen Rajasthan
Lindo o modo como vc conseguiu descrever uma cena estressante em um belo poema.
Dauri,
Chego aqui por recomendação da Jacinta Dantas. E, atrevido, logo na primeira visita, vou discordar de você. Você é poeta, sim, e dos bons, pelo que li no seu blogue. Um abraço.
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