31 agosto 2009

Das coisas
desaprendi tantas.
Algumas me falaram livros,
outras me comeram nomes
e me deixaram
em frases incompletas.

Das coisas, outras vezes,
me enriqueci,
foram boas.
Boas coisas.
Mas também me empobreceram,
quando pesaram
como ouro
e me impediram voos.

Afinal sou coisa,
mas não aceito ser mais
coisificado. Os sonhos
e a poesia trazem-me à tona.
Meus desejos transcendem-me
de uma coisa para outra

luz.

Abraço,


A curva no fundo escuro,
iluminada, arquitetura
de inspirações
e expirações, albergues
de vísceras e pulsações,
fomes e desejos. Costelas.

Elas, as flores no jardim,
sem saber, ancoram meus olhos,
e sustentam minha coragem.

Meu peito doi, minhas costelas
apertam meus sonhos. Minha
ansiedade por tua volta
me torna bem maior
que minha caixa toráxica.

Espero-te.

Os prazos me atormentam.

Um abraço,


...habitamo-nos
no desvão da matéria
e no peso da alma.

A face é o reflexo do devir,
do que há de ser
(e talvez não seja).

O coração é o que fica
entre o que se planeja
e o que se executa.
Ânsia. Uma flor ontem

caiu antes que a lua.
O dia de hoje ficou incompleto
mesmo, e apesar,
do amor.

Um abraço,
(comentários, intertextualidades)

4 comentários:

Sueli Maia (Mai) disse...

Ah! Meu amigo e-migo, concreto e convictamente nã-poeta...
Você me fez feliz e eu estou catando sorrisos...
Você me fez sorrir, que bom!
Nem sei o que pensavas quando
escreveste esta série 'olho costurando coisas' e essas coisas nessa palavra virou retalhos engraçados...
.
Só você Dauri, bárbaro esse isso.
Para seguir os retalhos: abraços...Há braços...Ah! braços...
.
Tua criatividade me submete sorrindo.
Beijo,

vieira calado disse...

Olá, amigo!

Muito interessantes os seus poemas!

Um abraço.

Paula Barros disse...

Dauri, não consegui terminar de ler. Me engasgou a voz do pensamento, me deu vontade de chorar, e chamei um palavrão.

PQP que homem para escrever meu Deus!!!

Eu volto...e vou parar tonta e emocionada, nem li todo.

beijo

Paula Barros disse...

Dauri, primeiro desculpe o palavrão, mesmo que abreviado.

Voltei para ler e não consigo. Que coisa louca.

No trabalho com vontade de chorar, fechei o blog. Agora volta a vontade de chorar e não consigo continuar...eu gosto quando acontece isso, gosto de me ler, de ver o que mexeu, mas não estou conseguindo ler.

Ainda aberto a caixa de comentário conclui aleitura...mas é demais.

um abraço