28 junho 2009

Paro na estrada,
escrevo luz no bloco de notas
com os fios
dos teus olhos
e amor
com as linhas da tua voz.

Evoco

o trinado de um pássaro sozinho na cerca ao lado.
Lindo pássaro que não me atende.
Ele não canta, me olha, penso, me vê escrever, quero que me veja,
mas ele não me vê, só enxerga o céu e as campinas além de mim.

Na ocasião apoesio-me dos horizontes

... e sigo.

O que canta a estrada, canta bem alto
give-me strength.

6 comentários:

FERNANDINHA & POEMAS disse...

QUERIDO DAURI, SEGUINDO POR ESSA ESTRADA SE ENCONTRA A CORAÇÃO... LINDO!!!
ABRAÇOS DE CARINHO E TERNURA,
FERNANDINHA

Ava disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Ava disse...

Quer mais força que apoesiar-se (virou verbo?rs) dos horizontes...?

Meu querido, os horizontes são infinitos, assim com sua força de poetar!


Beijos avassaladores

Elaine Lemos disse...

A força está no amor que escreves.

E eu continuo pensando no caso do não-poeta que julgas ser. És, poeta ou não, dos meus preferidos.

Amo. E beijo.

Paula Barros disse...

Passei logo cedo, mas fiquei encantada com a beleza poética, e até me banhou as veias de um certo romantismo, e preferi voltar depois.

O bom de ler você é a suspresa do que se pode sentir, e a expectativa ...sempre uma expectativa.

Uma vez eu disse, as vezes nem gosto de comentar logo, gosto de deixar as palavras ficarem brincando dentro de mim.

boa segunda, muito boa!

lula eurico disse...

Apoesiar-se do horizonte, apoesiar-se de tudo o que nos cerca. Do pássaro e da voz do pássaro, da estrada. Apoesiar-se é uma forma de acercar-se líricamente das coisas, uma apreensão lírica de tudo e de si mesmo.
Vim aqui e apoesiei-me no teu blgoue, mais uma vez.

Abraçamigo.