O que vale
e o que não. Os dias
passados coabitam com os futuros
na estrada. De surdina
aquela lembrança e o anseio
de amanhã
se combinam. O dia
paralisa-se numa dor, um vazio de dor,
um buraco onde havia uma. A alma
como uma casa que passa,
fica longe.
O vento corta o pensamento,
um que fica,
outro
que vai.
7 comentários:
Dauri, querido, uma estrada tortuosa, diria eu...
Mas se descobrires onde há estradas sem serem tortiosas, me mostre..
Esse vazio que fica, ao trilhar tantas ao longo da via...
Que vc trilhe suas estradas de mãos dadas com alguém...
Beijos e uma linda semana!
"O tempo é tríbio", dizia o mestre Gilberto Freyre, nos olhando calmamente, do alpendre de seu casarão em Apipucos.
"Os dias passados coabitam com os futuros na estrada", diz-nos o Poeta Dauri...
Um dos versos, (tríbio?), alberga a lembrança (passado) e o anseio do futuro. E o presente (o dia) faz-se em prospecção de uma, ou do vazio dela, o dia é a dor havida...
E, em que morada o tempo é tríbio?
Na fugidia morada da alma, que já não está aqui, que flui, que ao ver-se presente já passou.
Eis o tempo do poeta, tempo lírico, tempo sentido, tempoesia, tempo tríbio...
Abraçamigo e fraterno.
de que valem os dias, a alma, o pensamento que passa que fica que vai...Somos hoje, um pouco do ontem e o amanhã talvez seja uma perspectiva, uma ótica...
Mas este amanhã nos é força ígnea para seguir... Por isto nos vale o tempo.
Beijos,
O vento corta o pensamento.
Preciso de ventos e mais ventos...
Esse poema me lembrou da música River Song, da Bebel...
Abs
Me fez lembrar o quanto é difícil vivermos o presente, no presente, inteiramente presente.
Esse cruzamentos de pensamentos, as vezes me deixa cansada, exausta.
Até meu sono anda perturbado, pensando no que li, que se cruza com o que senti, com o que vivi.
beijo
idas e vindas, assim como são as historias é a vida, assim como a vida é uma historia...
a história de nossas vidas, um dia tornarão as histórias que este mundo jamais já viu, pois é em um simples caminhar que criamos histórias
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