(avulsos)
A menina estava cansada.
seu olhar caia, caia...
e se ia
com passos bem curtos
até ali.
A menina não queria mais
as ondas das campinas, nem
o sol se pondo por destrás do morro.
Não queria o fogão aceso
como luz para a cozinha
nem queria mais
a noite que sempre vinha
no pio de soturnos passarinhos.
A menina tinha 18 anos
colhia morangos durante o dia.
Me deparei com ela, ela
se deparou comigo.
Nenhum
dos dois sabia
se era o que via
ou se via o que era.
Casamo-nos num fim de dia.
6 comentários:
Primeira reação: Lindo!!!
Gosto demais dessa sua capacidade de escrever.
Quando eu não souber, não conseguir me expressar, direi o que pula dos seus versos, e mexe aqui comigo. Ok?
"Nenhum
dos dois sabia
se era o que via
ou se via o que era"
beijo, um lindo sábado.
QUERIDO DAURI... SIMPLESMENTE SUBLIME... ADOREI AS TUAS PALAVRAS... ABRAÇOS DE CARINHO E TERNURA,
FERNANDINHA
Que liiiiiindo! Amor inocente e ingênuo de duas crianças *-*
Adorei :D
;*
Lirismo e inocência.Lindo!
Abraços de Maria Helena
Muitas foram as imagens que essas palavras me trouxeram aos meus sentires. Os campos ondulando ao vento e o campo do viver. O desejo de mundo e do que me pesa e pondero e do que pondero por sentir...
A partir daí, os dias, os dias...
Um Beijo
...essa menina se parece comigo.
Mesmo que meus 18 já se passaram há tempos...rsrs.
Lindo poetar, Dauri!
Postar um comentário