16 maio 2009

6
1A mulher se aproximou,
uma sombra torta. O sol a pino
não lhe correspondia por dentro
em candeeiros e luminares.
2Os olhos caiam em poentes
de tristeza. 3Ele a considerou

com uma palavra, nem doce,
nem amarga, mas reta, impar.
4Tu perdes teu sangue
em passos oblíquos. 5De onde tiro
os meus pés porás os teus, enquanto
ainda há brasas, e serás feliz. 6Creia,
és passante. Vieste e retornarás.

4 comentários:

Carla disse...

Todos somos passantes. Paz antes!

Maria Helena disse...

"Os olhos caiam em poentes de tristeza".Que direi eu diante de tanta beleza? PARABÉNS!
Abraços de Maria Helena

Paula Barros disse...

Nós passamos rápido pela vida, e quando nos damos conta disso, aprendemos a lidar melhor com a tristeza, com a dor, e aproveitar mais os momentos bons.

Mas é um aprendizado difícil, pelo menos acho.

Outro aprendizado que tem me ajuda é que sofremos e nos alegramos pelo valor que damos as coisas e pessoas. E diante de alguns momentos reflito sobre esse valor empregado.

abraços

Dois Rios disse...

Querido Dauri,

Quando o "por dentro" transmite sentimentos sombrios, nem a luz de um sol a pino é capaz de clareá-los. A tristeza é escura.

Beijo,
Inês