(quinto elemento: TnUaDdOa...)
Houve um tempo
nos dias do predomínio do TnUaDdOa
em que minhocas de veludo excretavam as galáxias.
Na medida que soltavam suas dejeções ficavam invisíveis,
e sumiam. Restaram seus buracos em nossos corações.
A mãe na caverna acordou assustada, deu um pulo, verificou
cada um dos filhos adormecidos, e pos mais lenha no fogo.
Como não tivesse mais sono, pos-se a desenhar nas paredes.
12 comentários:
...pois que esses sonhos são lamparinas da alma, agora é desenhar mesmo o sorriso numa parede para espantar a falta de sorriso, que, por ventura, bater em minha porta qualquer hora da noite ou do dia. Mas que a lua é alumbramento e é cúmplice da poesia que os capins esvoaçam ao sussurro do vento no fundo do meu quintal.
Abraços.
Estive aqui. E fico pasma, e quando penso que os elementos acabaram me surge esse novo. E minhoca de veludo...
Com certeza eu volto.
beijo
Me diz uma coisa: de onde tiras tanta inspiração? Porque pra fazer os meus relatozinhos eu passo por uma evolução trágica, imagina para escrever essas palavras. Você abusa do conotativo, e isso que eu acho mais interessante.
Sonho muito real! O seu escrito é muito especial! A poesia canta, dança, é real e não apenas um sonho, me encantei de novo! Abraço
Olá!
Somos donos de nossos atos,
mas não donos de nossos sentimentos;
Somos culpados pelo que fazemos,
mas não somos culpados pelo que sentimos;
Podemos prometer atos,
mas não podemos prometer sentimentos...
Atos sao pássaros engailoados,
sentimentos são passaros em vôo.
Mário Quintana
Beijo grande :)
Dauri...
Vc me enlouquece..rs
Estou aqui a me perguntar qual minhaquinha fez esses buraquinhos no meu coração...
Que vc tenha uma semana iluminada!
Beijos avassaladores!
Sabe, Dauri, relendo, muitas e muitas vezes cheguei a uma conclusão. Talvez uma lição.
Quando quero entender, perco a emoção.
Não dá para querer entender o que você escreve, é me deixar mergulhar na emoção, é me deixar afogar nas sensações, é me permitir sentir.
É tudo ou nada. E aqui eu prefiro o tudo que me emociona.
beijo
Paula,
obrigado pelos comentários. De fato, como diz Manoel de Barros, em poesia a palavra tem que pegar delírio. Compreender exige outras dimensões da mente, do coração. Acrescentei a palavra "caverna" ao poema, veja se te traz novas percepções. Tomei o inicio do universo e o inicio da humanidade como imagens para o poemeto.
Beijo.
Acompanhando....
Emocionada portanto com o seu comentário.
beijo
Desculpa a sinceridade mas, na esteira do Manoel de Barros, associei "minhocas de veludo excretavam as galáxias" com Jornada nas Estrelas.
Bom é brincar com palavras e sensações, se permitir sentir sem entender.
Fraterno e forte abraço!
Charles.
De fato Charles, sou um "trekker". Meus poemetos não deixam de ser viagens na Interprise. Quanto às minhocas aproveitei a ideia dos astrônomos que falam dos buracos de minhocas no universo.
Obrigado elo comentário,
Abraço.
Eu viajo quase sempre e sonho meus sonhos, dormindo ou mesmo acordada, sabe?
Delírios surreais nem sempre me são desagradáveis, por vezes são como os 'hiatos' ou as fendas, as frestas, perfuradas por minhocas onde o humus, pode até ser pó, estelar, minhocas que escretam galáxias... Sentir, eis aqui o que o meu coração me traz a agradecer-te.
Abro um sorriso e, aqui, eu desisto de teimar contra a tua teimosa decisão de ser, não-poeta.
Beijos, Dauri.
Carinho,
Mai
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