21 abril 2009

VII

Alevanta-se no vazio da realidade
o espaço, céu infinito de pequeno coração,
lá onde
se fixam os brilhos e os signos do fogo dos anos.
O impossível quer tomar a forma de amor
e joga-se
por terra como indizível e fugidia poesia.

O não-poeta vai no destino
em peregrina busca litúrgica
destituído
de paramentos, experimentando
em si mesmo a doçura e a amargura
de cada abismo
por onde passa, ou... onde vive.

Ir e vir é o seu caminho, pés de dores
e asas de desejo, o pensamento e o
estremecimento.
O espírito sempre atravessado na garganta
forja sua tosse, seu típico pigarrear, um ordinário
palavrear
a restabelecer por mais um dia sua respiração e vida.

6 comentários:

John Doe disse...

Ola Dauri, coloquei sua descrição sobre o caderno no blog, espero que não se importe.

Márcio Ahimsa disse...

O respirar é uma guelra filtrando a vida através dos sonhos que se plantam na alma do não-poeta e no coração de quem é poesia...

Abraços.

Germano Viana Xavier disse...

vai
desprotegido
tão protegido
pela máscara
da sensação


Abraço forte, Dauri.
Continuemos...

Joice Worm disse...

Vou passando, e vou lhe dizendo que não estás esquecido. Estás grudado no meu coração... Hehe.
Beijos a ti ô poeta!

Deusa Odoyá disse...

Olá amigo.
Que lindo poema, uma alma doce e sensivel.
Lindo...
Uma semana abeçoada por Deus.
Fique na paz.
beijinhos doces de sua amiga.
Regina Coeli.
Aguardo sua visita ao meu cantinho.

Vivian disse...

...vim trazer bjs ao poeta
das palavras bem colocadas.

saudades...