(fim destas deambulações. A vida segue)
Alegro-me, mãos vazias, banais. Nem ouro, nem poesia.
Uma voz desenha levemente vitrais, janela eloquente,
por onde entra a luz imprevista, finíssima. Espírito santo,
meu canto. Eu vi horizontes, províncias, mundos misturados
no cadinho, reagindo e produzindo borralho, borralho,
escória. Deambulações que não deram em nada,
senão em mim, satisfação de escrever, alquimia de viver.
8 comentários:
De volta ao Dauri,
simples, como as palavras.
Um beijo.
Deambulações que não deram em nada,
senão em mim, satisfação de escrever, alquimia de viver...
Dauri...isso de certa forma é mais que tudo, mas se as pessoas leram, algo ficou e foi modificado...
Afinal, são nas andanças que podemos notar as mudanças das paisagens, mesmo que apenas dentro da própria alma...um abraço... na alma é claro
Dauri
A cada fim de uma série um apertinho no peito, acostumo e gosto. A cada fim uma expectativa da nova e dos caminhos e descaminhos que provocam em mim.
Quando se escreve não se sabe a quem vai atingir e como. Quem ler, chega despretensioso, e não sabe a repercussão do que ler dentro de si.
Respeitando o seu sentir, a sua escrita. Mas vejo a sua escrita como ouro, poesia, pensamentos que me instigam a pensar, mundos que se misturam.
Achei lindo – “satisfação de escrever, alquimia de viver.” Que assim continue sendo. E que os Espíritos Santos continuem inspirando e iluminando.
abraços
...quando escrevemos,
não é a nós que fazemos,
e sim ao outro que degusta,
digere e se alimenta com o
que lê, e o que estava
precisando naquela hora...
você não existe...
bjusss
Acho que já basta. Do que mais precisas se tens a alquimia do viver?
Pra que explorar mais horizontes se já te deram tudo.
Importa saber que te trouxe satisfação de escrever, alguma coisa positiva sempre tem.
bjo carinhoso,
Branca.
Dauri.
Precisei voltar hoje porque deambulamos, em paralelo, palavras e vidas que seguem, vivendo.
As deambulações propunham a alquimia das palavras com a questão se, ao final seriam fezes ou ouro. Alternaram-se momentos fezes e momentos ouro. No processo criativo percebi uma 'ordem secreta de um caos.
O amor é sempiterno. E em serendipidade tem o ódio.
O tudo é sempiterno e em serendipidade, tem o nada.
Assim, o complexo e o simples, a guerra e a paz.
Tudo isto eu pude viver aqui, junto contigo, em tuas deambulações. Vivemos juntos e secretamente, guerra e a paz.
A vida continua mesmo. Mas hoje, concluí a compreensão de um processo de paz em que todos participamos e nenhum foi, sozinho 'criador'.
Porque as palavras, são as mesmas, e são diferentes, quando as transformamos.
Nós somos os mesmos sem transformação.
E isto doi, num fogo ardente.
O mesmo 'cadinho' por onde, simbolicamente as palavras eram transformadas.
Tudo isto aprendi aqui.
Obrigada Dauri.
Paz!
Hoje, vc me fez lembrar Clarice. Não resisto, deixo-a como se pudessemos fazer um trio:
"Eu escrevo sem esperança de que o que eu escrevo altere qualquer coisa. Não altera em nada... Porque no fundo a gente não está querendo alterar as coisas. A gente está querendo desabrochar de um modo ou de outro..."
Beijo, Poeta! E vamos a novas tessituras!!!
Postar um comentário