Quero - e é simples o que quero -
a liberdade - e é pequena a que tenho -
de escolher as palavras.
O silêncio avança e dança
sobre os despojos dos meus pequenos discursos.
O que falo destituiu-se de qualquer poesia.
É vazia e efêmera a teima de dizer.
Ponho aqui em vestes de letras
o que me impõe a natureza,
a necessidade de respirar.
5 comentários:
por menor que seja, são palavras que nos libertam sempre. belo e reflexivo poema. meu abraço.
E o qual o título? Sem nome?! Nome próprio?!!!?
Não importa; o que interessa é a veracidade que enternece.
"Quero - e é simples o que quero -
a liberdade - e é pequena a que tenho -"
Sim, é o que eu quero, o que eu preciso, o que eu tenho que ter antes que enloqueça....
Como sempre, belíssimas palavras Dauri. Parabéns!!!
bjos,
Ly
A liberdade de escolher as palavras, de brincar com elas, de trapaceá-las é a única que podemos ter, então trabalhe (ou seja lá que verbo for) por ela!
Todas as outras liberdades são história da carochinha.
Beijos.
A liberdade que tens de escolher as palavras é a sua maior liberdade talvez.." MAior liberdade" é estranho.. mas não é pequena não.. Olha só.. leia todo seu blog.. como escolhes bem num tanto imenso de palavras. MAs escolha sempre exclui e é desse medo que padeço..
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