12 agosto 2008

Quero - e é simples o que quero -
a liberdade - e é pequena a que tenho -
de escolher as palavras.
O silêncio avança e dança
sobre os despojos dos meus pequenos discursos.
O que falo destituiu-se de qualquer poesia.
É vazia e efêmera a teima de dizer.
Ponho aqui em vestes de letras
o que me impõe a natureza,
a necessidade de respirar.

5 comentários:

Anônimo disse...

por menor que seja, são palavras que nos libertam sempre. belo e reflexivo poema. meu abraço.

Jânio Dias disse...

E o qual o título? Sem nome?! Nome próprio?!!!?

Não importa; o que interessa é a veracidade que enternece.

Anônimo disse...

"Quero - e é simples o que quero -
a liberdade - e é pequena a que tenho -"

Sim, é o que eu quero, o que eu preciso, o que eu tenho que ter antes que enloqueça....

Como sempre, belíssimas palavras Dauri. Parabéns!!!

bjos,
Ly

Grazi disse...

A liberdade de escolher as palavras, de brincar com elas, de trapaceá-las é a única que podemos ter, então trabalhe (ou seja lá que verbo for) por ela!
Todas as outras liberdades são história da carochinha.
Beijos.

Camilla Tebet disse...

A liberdade que tens de escolher as palavras é a sua maior liberdade talvez.." MAior liberdade" é estranho.. mas não é pequena não.. Olha só.. leia todo seu blog.. como escolhes bem num tanto imenso de palavras. MAs escolha sempre exclui e é desse medo que padeço..