13 agosto 2008

O sujeito vinha, vinha
sobre o seu cavalo vinha
e vinha cada vez mais
chegando determinado
ao horizonte e o horizonte
não era o do nascer do dia
nem o do céu fechado
se preparando para chover,
era o horizonte
de uma tarde fria.
Eu era o horizonte.
Mas fiquei feliz
quando me encontrei comigo
que vinha.

5 comentários:

Anônimo disse...

O movimento interior que fazemos para encontrar-se-nos(não sei se existe essa expressão)torna-se tão prazeroso,gratificante,que se transforma em poesia...
Muito lindo!
Maria helena

Camilla Tebet disse...

Ah, ando falando disso também. Duas de mim se encontrando e desencontrando. Mas em poesia o encontro é mais verdade. Horizonte de uma tarde fria é todo dia.. todo dia.. todo dia.. todo dia.. que coisa né?

eder ribeiro disse...

e sempre será um horizonte para o futuro qdo encontramos conosco mesmo. abçs.

Anônimo disse...

"O horizonte de uma tarde fria". Bonito isso...
Entardecido poeta, esse encontro consigo mesmo é um "vir", não é portanto, um "ir". O poeta vem, como num dobrar-se para dentro. E fica "feliz" com o que encontra( ou com QUEM encontra)! Isso é que é gratificante,não?
Beijos.
Dora

Grazi disse...

Eu não agüento mais encontrar-me comigo mesma! Eu me persigo o tempo todo! (risos)
Beijos.