O sujeito vinha, vinha
sobre o seu cavalo vinha
e vinha cada vez mais
chegando determinado
ao horizonte e o horizonte
não era o do nascer do dia
nem o do céu fechado
se preparando para chover,
era o horizonte
de uma tarde fria.
Eu era o horizonte.
Mas fiquei feliz
quando me encontrei comigo
que vinha.
5 comentários:
O movimento interior que fazemos para encontrar-se-nos(não sei se existe essa expressão)torna-se tão prazeroso,gratificante,que se transforma em poesia...
Muito lindo!
Maria helena
Ah, ando falando disso também. Duas de mim se encontrando e desencontrando. Mas em poesia o encontro é mais verdade. Horizonte de uma tarde fria é todo dia.. todo dia.. todo dia.. todo dia.. que coisa né?
e sempre será um horizonte para o futuro qdo encontramos conosco mesmo. abçs.
"O horizonte de uma tarde fria". Bonito isso...
Entardecido poeta, esse encontro consigo mesmo é um "vir", não é portanto, um "ir". O poeta vem, como num dobrar-se para dentro. E fica "feliz" com o que encontra( ou com QUEM encontra)! Isso é que é gratificante,não?
Beijos.
Dora
Eu não agüento mais encontrar-me comigo mesma! Eu me persigo o tempo todo! (risos)
Beijos.
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