15 maio 2008

Jogado rio abaixo

Eu não tenho canoa;
agora eu não tenho.
Minha canoa foi despedaçada
e eu fui jogado rio abaixo.
Eu não me salvo
senão por um tronco de árvore.
Nele também uma cobra se vai.

6 comentários:

Adriano Caroso disse...

Dauri,

Através da sua visita no meu blog conheci o seu. Que grata surpresa. Você é um poeta fantástico, mas acredite, um dia eu chego lá. Parabéns irmão!

Jorge Elias disse...

Deixo aqui um breve poema :

Não interrompa o cotidiano das serpentes
Elas não buscam no homem seu veneno.

Um abraço,


Jorge Elias

eder ribeiro disse...

perco o amigo, mas não perderei a piada. coitada da cobra. abçs.

Dauri Batisti disse...

A piada é boa. rs!
Eder, tentei juntar alguns símbolos densos de significados.
Rio-vida, serpente-morte. Somos jogados na vida sem canoa e, ainda, quando nos pensamos salvos, a morte está ao lado.

Anônimo disse...

Se nas corredeiras da vida não houver no nosso tronco uma serpente ,de que valerá a luta e a alegria da conquista? Faz parte sentir que há sempre algo a nos espreitar. Parabéns por mais essa!

Oliver Pickwick disse...

Há um mito nas roças de cacau. Ao se deparar com uma cobra, na mata, basta dizer três vezes o nome de São Bento.
Portanto, salvaste-se dessa:)
Um abraço!