Da mesma cor, outra dor
Será a cor a dor da flor
de se sentir só e viver tão pouco
para disfarçar e esconder a semente
dos devoradores de grãos?
A semente sim, parece, vive e geme sem medo
de cair na farra do vento e dançar na terra,
talvez lutar contra os escuros do chão
ou com eles tramar arranjos e barganhas
e partilhar segredos da vida e arcanos
até quando esgotada em orgasmos
rompida e livre das cascas
puder desaparecer no tempo
de uma outra flor da mesma cor,
outra dor.
8 comentários:
Que lindo..
E quisera eu poder manipular de forma tão sutil e ao mesmo tempo intensa as palavras para que sejam não só poesia, mas musica aos olhos de quem le.
Abraços.
Cores, cores, cores....
Cores lembram Frida, Frida lembra vida, tal qual a das sementes.
Lindo, amigo!
pefeito, não sei por que, ou sei... tanto faz, me lembra uma historia chamada "Morte o Grande Momento da Vida"
Belo!
Até sexta-feira.
Jorge
N�o tenho como expressar os sentimentos que me afloraram e me levaram na farra do vento.Lind�ssimo!viajei...
dauri...
valeu pelo desenho...
...pela lembrança...
achei instigante o movimento
parece um barquinho no meio do oceano
valeu!
O importante é, entre uma dor e outra, q são inevitáveis, germinar.
Abração!
Dauri, como sou recém chegada, já viu que tenho que ler seus posts de traz para frente... Não faz mal, tudo o que escrevestes será lido. É a magia da escrita.
... Acho que nunca li uma descrição tão fiél â flor como esta. Se alguma flor pudesse lhe dizer como realmente se sente, penso que iria lhe agradecer por esta análise partilhada. Bravo!
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