13 março 2008

O sabor que é na lingua

Folhas desverdeadas
folhas embranquecidas
secas lisas mortas-vivas
presas como cachos
uvas as mesmas diferentes
para cada um
guardam o que foi
o sabor que é na lingua
fluidas palavras
asas úmidas de crisálidas
que umedecem minhas vistas
e me impõem ao modo de súdito
o olhar dobrado
diante dele
o livro

10 comentários:

Luciana Cecchini disse...

Lindo. sensível! Não vi descriçao melhor do livro. Adorei!

Obrigada pelas palavras deixadas no meu espaço. Visite também as minhas novas terras.

Até mais!

Luci
:)))

Renato Ziggy disse...

Comigo as palavras são exatamente assim quando as leio... um deleite, um novo ato de degustar. E gosto que o sabor delas fique ali, na língua, pra dele eu não me esquecer... Linda a metáfora! Abração! Você é ótemo!

Anônimo disse...

Dauri... sempre que venho aqui me embriago nas suas palavras... tão bom! Tão belo!

Obrigada pelas visitas, e desculpe um pouco a ausência e demora para retribuir!

Um bjo carinhoso!
Ly

fjunior disse...

embora não labemos livros, sabemos bem dos sabores que são promovidos, as sensações construídas...

Jacinta disse...

Então Dauri,
nesta semana comemoramos o dia do bibliotecário e o dia da poesia.
Tudo a ver com seu lindo poema de exaltação ao prazer de se "curvar" ao livro.

Um abraço
Ana Paula

John Doe disse...

um dia aprendo a fazer poemas, um dia aprendo a usar a rima... quem sabe assim faço algo mais feliz e menos dramatico...

Luis Eustáquio Soares disse...

salve, parceiro, e o jogo intertextual com cruz e souza, trocando o branco pelo verde, linha no horizonte dos sonho.
meu abraço e te convido a uma visita.

Anônimo disse...

Gostei muito de seus poemas.
Meu blog precisa de visitas e comentários. Passe lá e deixa um comentário.
Abraço,
RaíssaCards.

Elcio Tuiribepi disse...

Oi Dauri, cara, parabéns pelos seus escritos, já li este pelo menos umas três vezes, quanto ao outro "vaziez" vou colocar em meu blog com os devidos créditos ok, pois está dizendo muito com meu momento atual...caso não queira, me avise que deleto ok...um grande abraço...ando meio vazio para escrever e não quero forçar, o que posto são poemas já feitos anteriormente...valeu a visita, volte sempre e venha comentar o seu se não se importar...bom final de domingo...

Toninho Moura disse...

O livro é o portal de todos os mundos, já criados ou a criar!

Braços!