25 outubro 2007

Exagero de azul

Esse exagero de azul que como uma trama cai sobre mim
num dia tão lindo, desses que não deveria jamais acabar,
me faz ter a noção do prazer de um esperto peixe no mar
e sua agonia de se ver na fiação da beleza do dia
puxado pra fora, sem chance nenhuma de escapar.

Já é tarde...

...é preciso acender as lâmpadas
e esperar que o óleo – ou o amor ou a paciência - não acabe
antes do novo alvorecer.

3 comentários:

Silvio Locatelli disse...

sem dúvida, é sempre um prazer poder ler e refletir tamanho seu prazer em escrever, comunicar-se, transparecer sua alma.......sem dúvida, essapalavra, esseofício, esseconto, essajanela é o retrato da alma, retrato do sentir, retrato do prazer em escrever.


Grande abraço do amigo Silvio Locatelli.

Wellington Felix disse...

Vim agradecer a visita, e encontro um poeta maior, adorei sua poesia
suas refelexões

Jacinta disse...

Segunda-feira, começo de mês, o retorno ao trabalho, depois de um final de semana prolongado, e tudo volta a ser como é?
Outro acidente de avião.
Credo!
Na estrada...ficou uma colega, jovem, vítima do trânsito desumano ou dos desumanos no trânsito?
Sei lá...
Esse "Exagero de azul" me faz pensar em tantas coisas. Penso até que poderíamos começar a piscar a lanterna de humanização nos condutores dos carros. Isso existe?
Ou será re-humanização?
Caramba, acho que não se pode interromper o alvorecer. Tudo a seu tempo, seria a perfeição?

Ana Paula