04 agosto 2009

Rasgar as páginas
não significa lamento;
não acreditar nos poetas,
escrever qualquer coisa
com cara de poema, pão e grão de feijão,
é uma mania de brincar contra as claridades,
um modo de apregoar
primaveras, alheias e belas,
ainda que na boca da noite.
Pode parecer estranho, é
justo modo de tomar outras estradas
e amigar-se do anteontem e do depois
de amanhã. Hoje correr pelas margens,
entrar noite adentro para, quem sabe,
encarar seduzindo o que faz nascer de novo as casas
que dormem. Ver no escuro talvez,
amar mais...

3 comentários:

Sueli Maia (Mai) disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Sueli Maia (Mai) disse...

E um pregoeiro gritaria ' OLHA aqui um não poeta e um poema!!! OLHA aqui uma palavra renascendo e uma poesia renascendo palavra!!!'
Tens cada idéia, Dauri...
Só sendo uraniano. Só uma caórdica mente debulha grãos de palavras no feijáo e no sonho.

Beijo,

Paula Barros disse...

Agora só sei dizer que deve ser bom para quem escreve, debulhar-se em palavras, e melhor para quem ler e se emociona.

No claro ou no escuro - da mente - do sentimento. De manhã, a tarde ou a noite - emocionar-se ao ler.

Assim fico, assim estou.

beijo