Há um assim,
e assim,
e depois outro
desejo de distinguir o mundo,
tomar-lhe a casca
e descobrir seus gomos...
não os sabores. Estes se sabe
a cada hora,
e os odores a cada instante.
Há um assim,
e assim, e depois
outro tempo.
O de agora aponta pra setembro,
no Espírito santo,
os dias de azul mais bonito,
perto do mar. Logo ali,
pula um e chega. O amor,
a vida que vivo, frágil
flor do desejo, saboroso
fruto do tempo,
desde ontem até amanhã,
tanto faz para o universo.
Ele segue
em suas imensidões. Vejo,
antevejo, beijo o ar e sinto, beija-flor
que me anuncia: vem setembro.
Teimo então,
digo não ao que sou,
digo sim ao que quero ser,
mais, um pouco mais do que
a junção de certas poeiras do universo:
ver o verso da luz mais bonita
no Espírito Santo,
a de setembro. Eu retrato
a estepe, disse
Anton Tchéchov. Eu...
sei lá, eu...
eu criei essa fantasia
de esperar
setembro.
3 comentários:
QUERIDO DAURI, MARAVILHOSO POEMA... SEMPRE O TEU MARAVILHOSO ESTILO...ABRAÇOS DE CARINHO,
FERNANDINHA
O que seria de nós sem os sonhos e as fantasias? Que seja setembro sempre, e que setembro seja sempre o tempo de amar!
Beleza de poema, Dauri! Me faz pensar nas muitas primaveras que cruzam nossas vidas.
Beijo!
Caramba, não sei se é por causa do meu aniversário, mas eu sempre achei que os meses tinham um tipo de "alma" e setembro é, pra mim, como se fosse especial, acho que é nesse mês que acontece meu natal e tal. Não sei, mas adorei :DD
;*
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