13 junho 2009

(avulsos)

...outras vozes
exortam:

salmodie.

Reparo as voltas da lingua
para salmodiar...

não salmodio. Mas me ponho a andar.



...novas vozes
exortam:

dance.

Reparo o movimento dos pés
para dançar...

não danço. Mas me ponho a cantar.



...mais fortes vozes
exortam:

ande.

Reparo os caminhos que me apontam
para os pés...

não ando. Me ponho a compor os próprios salmos.

6 comentários:

Anônimo disse...

Rotina dee um Monge?

Vivian disse...

...e a vida sempre nos
chamando à ação!!

um beijo, lindo poeta!

Paula Barros disse...

Dauri,ao ler me veio assim:

Temos que ter certeza do nosso caminho e do caminhar, de nós, do que queremos.

E mesmo com todas as vozes e cantares, e apelos de outros caminhos e descaminhos. Paramos, nos procuramos, nos escutamos, e seguimos o nosso caminho. Buscando manter a paz da consciência e as nossas convicções e certezas.

E nessa escuta interior, cada um se protege, se defende, e caminha.

boa semana!

vieira calado disse...

Mas... são muito interessantes!

Um abraço.

Sueli Maia (Mai) disse...

E para mim pareceu uma cantiga de roda.
Brincadeira de criança, sabe.
Círculo ou cantilenas de mãos que batem umas as outras.

Foi esta a imagem que a sonoridade das palavras me fizeram perceber.

Beijo

Priscila Lopes disse...

Dauri, que belo poema! Parabéns pelo tema e pelo modo como o desenvolveu. Um abraço.