4Foi longe o grito cheio de flores
e ninguém viu. 5As crianças
naquele momento brincavam de estrelas
e pararam. Prestaram atenção
no vento, no tempo e se entreolharam
ainda mais vivas. 6Depois voltaram
a jogar as sementes umas nas outras.
7As de peito voltaram a mamar.
8Ele disse. Olhe. Há uma porta ali.
5 comentários:
Hoje li no jornal uma crônica, e a escritora colocou ao lado do nome -artesã de textos. E logo pensei em você - o não poeta (você que diz, eu não acho), é uma artesão de textos. Mas depois fiquei pensando, ele é algo mais que artesão das palavras e de textos...ele é, ele é....e não me vem a mente...mágico? escultor? As palavras por você parecem marionetes em teatro infantil, ganham vida, cor, forma, cheiro....
(Você reler o que você escreve? Hoje é para flutuar)
as portas fechadas...
passei a buscar janelas...
abraço meu
nas mãos das crianças, sementes futuras que espalhadas, não se vê e também, não se ouve o grito.
Serão flores ou armas que as crianças de colo 'inda' irão ver e ouvir...
Se for algo teu, eu sei.
Serão flores e haverá canteiro de flores por todos os cantos.
Linda e imagética esta série.
Beijos.
...há uma porta ali, detrás onde o vento se esconde, um desejo amiúde, uma beleza quase espantada de sorrisos que se entreabriram pelo brilho daquelas estrelas...
Muito bom, amigo.
Abraços ao poeta.
Nessa série, creio que mesmo nas outras, há algo de invenção, série órfica. As palavras explodem no ar, jogos de artifício, gerando imagens luminosas contra o céu noturno.
Fico pasmo a olhar pra elas, feito uma criança.
Abraçamigo.
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