01 setembro 2008

Vida torta

Procurando caminhos em expansões escuras e frias
a estrela em seus mundos brilha mais ainda quando
o pássaro faminto pousa ali sobre a mesa ao alcance da mão.
A linha que existe, e não se explica,
entre os mundos daquela estrela e o pássaro,
se dobra formando um espírito que me atravessa
revelando mistérios insignificantes.
O olhar antes divagante em preocupações passa
e ocupa-se em contemplações do bem-te-vi.
De longe eu desenhava o pássaro pelo seu canto:
lindo, poético, perfeito.
De perto agora ele se mostra um vivente
com a perna torcida, quebrada um dia
e vagarosamente cicatrizada,
torta.

10 comentários:

Paula disse...

Ver de perto, aproximar a lente, sentir o calor, é também ver detalhes (seja quais forem).
Está pronto para tal aceitação?

Elcio Tuiribepi disse...

Olá amigo, a vida é assim não é mesmo, as vezes linda e as vezes um pouco torta quando passamos a senti-la mais de perto...abraço

Tiago Soarez disse...

O Impacto é uma das sensações mais impactantes. Entre imaginar/idealizar e visualizar, a vida nos proporciona grandes surpresas...

Abraço

Anônimo disse...

Tem presente de novo pra vc no meu blog!!! =D
Bjos

mundo azul disse...

Gostei muito da sua analogia!
A visão do sonho quando acorda, pode ser bem diferente...
Muito bonito o seu poema!

Beijos de luz e o meu carinho!

John Doe disse...

os detalhes, o ser diferente e as diferenças não são em si o mais interessante de tudo, de longe tudo é tão igual...

aluaeasestrelas disse...

"A linha que existe, e não se explica". É, a linha invisível que nos faz entender, ver, sentir e até mesmo julgar. Tudo e todos.
Muito legal a forma como construiu essa idéia. Parabéns!

Antunes Ferreira disse...

LISBOA - PORTUGAL

Olá Dauri!

Cheguei a este blogue através de outros que costumo visitar e neles postar comentários. Cheguei, vi e… gostei. Está bem feito, está comunicativo, está agradável, está bonito – e está bem escrito. Esta é uma deformação profissional de um jornalista e dizem que escritor a caminho dos 67…, mas que continua bem-disposto, alegre, piadista, gozão, e – vivo. O meu primeiro nome é Henrique – e gosto dele. Podes tratar-me assim, que eu agradeço.

Só uma anotaçãozinha: Durante 16 anos trabalhei no Diário de Notícias, o mais importante de Portugal, onde cheguei a Chefe da Redacção – sem motivo justificativo… pelo menos que eu desse com isso… E acabo de publicar – vejam lá para o que me deu a «provecta» idade… - o me(a)u primeiro livro de ficção «Morte na Picada», contos da guerra colonial em Angola (1966/68) em que, bem contra vontade, infelizmente participei como oficial miliciano.

Muito prazer me darás se quiseres visitar o meu blogue e nele deixar comentários. E enviar-me colaboração. Basta um imeile / imilio (criações minhas e preciosas…) e já está. E se o quiseres divulgar a Amiga(o)s, ainda melhor. Tanto o blogue, como o imeile, tá? Muito obrigado

www.travessadoferreira.blogspot.com
ferreihenrique@gmail.com

Estou a implementar e desenvolver o projecto que tenho para o meu www.travessadoferreira.blogspot.com e que é conferir ao meu/vosso/NOSSO blogue a característica de PONTO DE ENCONTRO entre os Países fraternalmente ligados – Portugal e Brasil. E outros PALOP e etc…
Se me enviares o teu IMEILE, poderei enviar-te «coisas» que ache interessantes. Se, porém, não as quiseres, diz-me que eu paro logo. Sou muito bem-mandado (a minha mulher que o diga…) e muito obediente (cf. parênteses anterior). Abrações e queijinhos, convenientemente repartidos e distribuídos

– Desculpa por este comentário ser tão comprido e chato. Como a espada do D. Afonso Henriques…
- E, agora, uma publicidadezita, de que te peço desculpa antecipadamente. Já conheces o me(a)u «Morte na Picada» que acima menciono? Há quem diga que é muito bom. E até que é o melhor que se escreveu em Portugal sobre o tema. Dizem… Obviamente que não sou eu a dizê-lo… Só faltava… E também há quem tenha escrito que é SANGUE & SEXO… Malandrecos… Pelo sim, pelo não… compra-o. Não é um pedido, não é uma sugestão, não é um conselho. É uma ordem!.... hahahahahahahahahaha…
Depois de o leres, se, por singular acaso, tiveres gostado dele, terás de comprar muitíssimos mais exemplares. São excelentes prendas de aniversários, casamentos, divórcios, baptizados, e datas como Natais, Carnavais, Anos Novos, Páscoas, Pentecostes, vinte e cincos de Abris, cincos de Outubro, dezes de Junhos. Até para funerais. Oferecer o «Morte» na morte fica bem em qualquer velório que se preze. E, além disso, recomenda-o, publicita-o, propagandeia-o, impinge-o aos Amigos, conhecidos, desconhecidos & outros, SARL. Os euros estão tão raros e... caros...

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A editora da obra é a Via Occidentalis (occidentalis@netcabo.pt) cujo site é www.via-occidentalis.blogs.sapo.pt. Neste blogue podem ser consultados mais dados sobre o livro, cujo preço de capa é € 14,70. ATENÇÃO: Pode ser comprado pela Internet.

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NOTA IMPORTANTE: Este texto de apreciação e informação é similar em todos os casos em que o utilizo. Em muitos, com ligeiras alterações que o personalizam. Digo isto, para quem não surjam dúvidas ou suspeitas sobre a repetição em diferentes blogues. E para que ninguém se sinta ludibriado – ou ofendido… Há feitios que… Mas, sublinho, apenas o uso quando o entendo, isto é, quando gosto mesmo dos que visito. Nos outros onde também vou, se não gosto, saio sem comentários. Há muitos mais. Aqui na terrinha diz-se que «se não gostas, põe na beirinha do prato…»

Camilla Tebet disse...

A linha que revela mistérios insignificntes.... que de perto é vivente, de perna torta. Assim é a vida..linhas finas.. quase invisíveis.
Eu uso óculos.

Jorge Elias disse...

Olá Dauri,

Mais uma vez apareço para uma leitura.
Estava pensando... VC já visitou o blog da Jô (Fissil flor)?
Caso não tenha tido a oportunidade, dê uma passada por lá. Ela é uma ótima poeta.

Um abraço,

Jorge Elias