30 julho 2008

Procuro o pássaro benigno

Revisto o azul da roupa e imagino o dia como asas,
sigo vivendo o que pesa e não dá pra deixar,
procuro o pássaro benigno que me ensinou a cantar o que falta,
o que dói, o que ainda não chegou, e rir...
O jovem morreu de câncer. Seus olhos de antes
não param de me sobrevoar dizendo tanta poesia,
que já me é impossível senão lutar,
e viver viver, voar apesar.

10 comentários:

Anônimo disse...

...e cantar o que falta,o que dói,o que ainda não chegou e rir...
...e viver viver,voar apesar.
Lindo,lindo,lindo!
Abraço
Maria Helena

Anônimo disse...

sensível e doído. belo e denso. vôo, em busca da árvore certa. abraços.

Jacinta Dantas disse...

Divago, aqui, no seu poema, entendendo o câncer como a violência que vitima tantos jovens. Mas, com e apesar da violência, o que se tem que fazer é viver.
Um abraço
Jacinta

Jorge Elias Neto disse...

Em momentos de indignação e tristeza, nossas mãos de poeta quase ficam "caladas".
Mas o dedo verde já nos tocou e o pássaro benigno ja chamuscou nossa íris com deslumbramento.
Os olhos do jovem - olhos humanos - devem sim ser brindados com poesia.

Um grande abraço,

Jorge Elias

Anônimo disse...

Voar apesar dói tanto.
Mas é necessário... não é?
bjos

Luis Eustáquio Soares disse...

salve, poeta, que sua afetiva escrita lança a flecha dos sonhos, para outra margem...
meu abraço,
luis de la mancha.

Camilla Tebet disse...

Voar apesar... que merda que é isso não? Voar apesar. Vai chegar um dia em que vou viver e voar, sem apesares.

Camilla Tebet disse...

Quis dizer merda o fato de voar apesar.. acho que escrevi mal. Seu texto é lindo.. o apesar é que me fez pensar.

Wellington Felix disse...

Voa passaro poesia, amigo sumi um tempo, pois meu coração andou me assustando, mas parece que ainda vou ficar mais um tempo, para admirar esse poeta que desponta na literatura Brasileira, parabens!

eder ribeiro disse...

sempre haverá correntes que nos prendem no chão e mesmo assim temos que seguir mesmo com a impossibilidade de alçar vôos.abçs