II
Há um desânimo, um descabido
de dizer as palavras no esmeril
e cortar frases na guilhotina.
Grafar o quê? Panfletos?
Ando em estradas tão comuns
que sequer uma alamanda,
com um galho esparramado pelo chão,
se arranja em florir seu amarelo para mim.
M3 enumer9 5m c0ntagens e44adas
d4s coi5as b8as qu6 v8u vive4do.
3screver é um 7ício a s3 b4incar,
um2 pr9sa ante6 d4 no7te
pa5a qu3 a 3oite 5eja b0a.
É 2spera d1 so5hos b0ns
reno7ando a5 fo4ças par6 a lu7a,
par2 s3 i4 9ela es7rada afo5a. É issO.
Po6e at3´ te5 po3sia, a v7da, 5empre,
m4s 9oe5ia qu8 nã0 c4i 3m liv5os.
A2 letr4s escor4egam da5 pá9inas,
c4em na 4ede e de9ois v6zam par5 0 m2r.
7udo se a9aga d3 tud0, s2 a9aga 4e m1m,
e me 1nterpreta. 3ntão cho4o 0u 5io,
con7orme o 6ia.
30 janeiro 2009
29 janeiro 2009
I
J2´ nã9 quer8 est2s caminh4s,
q3ero o8tros. A poe7ia já s3 esv4iu
do5 pass6s po4 ond7 v2mos.
Teima8os em segui4 os vel7os,
m1s v3lhos 7á so3os nó2.
A 9oesia a5re camin8os,
nã4 con7irma n4da. Jog9-se,
r3de 3m ma5 bravi0
s2m s5 im9ortar c8m qu3 9eixe
se vo7tará 9ara cas3. Quand0 se v8lta,
se s3 vol5a, é c6m mã8s lev5s.
%ão m3 cha4em p0eta.
Rene6o e55e p9sto. V9u par4
ou7ra pai5agem, pert6 d0 horizon7e,
3as n2m se1 s4 lá v8u fic4r.
J2´ nã9 quer8 est2s caminh4s,
q3ero o8tros. A poe7ia já s3 esv4iu
do5 pass6s po4 ond7 v2mos.
Teima8os em segui4 os vel7os,
m1s v3lhos 7á so3os nó2.
A 9oesia a5re camin8os,
nã4 con7irma n4da. Jog9-se,
r3de 3m ma5 bravi0
s2m s5 im9ortar c8m qu3 9eixe
se vo7tará 9ara cas3. Quand0 se v8lta,
se s3 vol5a, é c6m mã8s lev5s.
%ão m3 cha4em p0eta.
Rene6o e55e p9sto. V9u par4
ou7ra pai5agem, pert6 d0 horizon7e,
3as n2m se1 s4 lá v8u fic4r.
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Dauri Batisti
28 janeiro 2009
(sétimo e último "isso" da série umas coisas jogarão luz nas outras.
Há um desejo de continuar. Há outro me mandando parar.
Paro. Vou por outro caminho, vou escrever outras coisas. rs).
Enxaguei os meus olhos no riacho
que acompanhava uma estrada de terra.
Os olhos do meu pai formavam cachos de uva.
Ele cuidava do parreiral com amor. Os olhos
são uvas. Há um doce ou um ácido no olhar.
Enxaguei os meus olhos num riacho. A ferrugem
da estrada é a luz do sol no fim do dia. Sal, saudade
que dói. Uma estrada é um espírito. A de terra
é uma coisa. A de ferro também. Uma coisa, outra coisa,
tantas a lembrar. Os bagos de uvas eram doces.
Doces de olhos, olhos de pai. Olhos que me levavam
num velho carro levantando poeira pela estrada de chão
que seguia o riacho serpenteando as montanhas.
Meu pai cuidava das uvas e me mostrava até mesmo
aquelas que ele próprio não via. Uma estrada é um espírito,
a de ferro é uma coisa, a de terra também. Chão
é o que tenho, caminho que faço,
coisa e espírito dentro de uvas
me esperam numa próxima estação.
Há um desejo de continuar. Há outro me mandando parar.
Paro. Vou por outro caminho, vou escrever outras coisas. rs).
Enxaguei os meus olhos no riacho
que acompanhava uma estrada de terra.
Os olhos do meu pai formavam cachos de uva.
Ele cuidava do parreiral com amor. Os olhos
são uvas. Há um doce ou um ácido no olhar.
Enxaguei os meus olhos num riacho. A ferrugem
da estrada é a luz do sol no fim do dia. Sal, saudade
que dói. Uma estrada é um espírito. A de terra
é uma coisa. A de ferro também. Uma coisa, outra coisa,
tantas a lembrar. Os bagos de uvas eram doces.
Doces de olhos, olhos de pai. Olhos que me levavam
num velho carro levantando poeira pela estrada de chão
que seguia o riacho serpenteando as montanhas.
Meu pai cuidava das uvas e me mostrava até mesmo
aquelas que ele próprio não via. Uma estrada é um espírito,
a de ferro é uma coisa, a de terra também. Chão
é o que tenho, caminho que faço,
coisa e espírito dentro de uvas
me esperam numa próxima estação.
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Dauri Batisti
27 janeiro 2009
(mais um incoerente poemeto - o sexto - da série umas coisas
jogarão luz nas outras)
Falar coisas de uma manhã de domingo
com pequenas gotas de sereno no capim
não é fácil. Falar coisas do que se avista
da janela em dia de chuva também não.
As plantações, coisas nada além de solidão.
Arrumar-se para ir à igreja e depois beber,
e voltar. Melhor seria ir. Melhor seria se
fosse segunda-feira e só o trabalho pudesse
preencher os vazios das coisas. Em tudo
há um buraco, não só em mim há uma falta.
As coisas não são sólidas. Podem ser. Arrear
um cavalo e sair pelos montes em desato atrás
de vacas e bezerros, paisagens e saudades.
Ir-se e embrenhar-se pelos campos, esconder-se
num recanto qualquer debaixo de uma árvore
e pensar olhando para o reflexo por entre as folhas.
O riacho ao lado. A zoada. Isto é uma coisa.
Outra coisa é a palavra dita, vaporizada,
como perfume para quem se ama. Amar...
por falar em amar... que coisa engraçada!
jogarão luz nas outras)
Falar coisas de uma manhã de domingo
com pequenas gotas de sereno no capim
não é fácil. Falar coisas do que se avista
da janela em dia de chuva também não.
As plantações, coisas nada além de solidão.
Arrumar-se para ir à igreja e depois beber,
e voltar. Melhor seria ir. Melhor seria se
fosse segunda-feira e só o trabalho pudesse
preencher os vazios das coisas. Em tudo
há um buraco, não só em mim há uma falta.
As coisas não são sólidas. Podem ser. Arrear
um cavalo e sair pelos montes em desato atrás
de vacas e bezerros, paisagens e saudades.
Ir-se e embrenhar-se pelos campos, esconder-se
num recanto qualquer debaixo de uma árvore
e pensar olhando para o reflexo por entre as folhas.
O riacho ao lado. A zoada. Isto é uma coisa.
Outra coisa é a palavra dita, vaporizada,
como perfume para quem se ama. Amar...
por falar em amar... que coisa engraçada!
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Dauri Batisti
26 janeiro 2009
(quinto e incongruente poemeto da série umas coisas
jogarão luz nas outras. Parece uma idolatria egoísta)
Poemas são coisas que não necessitamos ler,
mas escrever, escrever, ah, é urgente.
Escrever, escrever poemas, cartas, coisas.
Escrever transforma o hálito,
a voz, a expiração em pedra, em erva, em sol.
Escrever se escreve para que o mundo continue
no seu eixo. Tem que se escrever
seja na parede de cavernas, seja na tela.
Escreve-se para que o mundo se aguente
na escuridão do universo. A luz das estrelas
é pouca. Cada letra brilha mais.
Ler se lê para o prazer, para o deleite
ou pela obrigação. Com sentimentos, portanto.
Escrever se escreve para criar o mundo,
para mantê-lo por um tempo a mais
girando, girando, girando.
(E a palavra se fez coisa)
Escrever qualquer coisa,
nem que seja só o próprio nome,
é condição sine qua non
para transformar Deus em coisa,
e transubstanciar coisas em Deus.
Isto que acabas de ler é só uma lasca de pedra
que arranquei da voz enquanto escrevia.
Escrevendo pensei em esculpir para ti um sorriso,
mas sorriso não se esculpe. Só tenho lascas
espalhadas por ai. Talvez eu calce um caminho.
Perdão. Parece uma idolatria egoísta
mas é uma afirmação da encarnação,
ou coisificação, se quiseres.
jogarão luz nas outras. Parece uma idolatria egoísta)
Poemas são coisas que não necessitamos ler,
mas escrever, escrever, ah, é urgente.
Escrever, escrever poemas, cartas, coisas.
Escrever transforma o hálito,
a voz, a expiração em pedra, em erva, em sol.
Escrever se escreve para que o mundo continue
no seu eixo. Tem que se escrever
seja na parede de cavernas, seja na tela.
Escreve-se para que o mundo se aguente
na escuridão do universo. A luz das estrelas
é pouca. Cada letra brilha mais.
Ler se lê para o prazer, para o deleite
ou pela obrigação. Com sentimentos, portanto.
Escrever se escreve para criar o mundo,
para mantê-lo por um tempo a mais
girando, girando, girando.
(E a palavra se fez coisa)
Escrever qualquer coisa,
nem que seja só o próprio nome,
é condição sine qua non
para transformar Deus em coisa,
e transubstanciar coisas em Deus.
Isto que acabas de ler é só uma lasca de pedra
que arranquei da voz enquanto escrevia.
Escrevendo pensei em esculpir para ti um sorriso,
mas sorriso não se esculpe. Só tenho lascas
espalhadas por ai. Talvez eu calce um caminho.
Perdão. Parece uma idolatria egoísta
mas é uma afirmação da encarnação,
ou coisificação, se quiseres.
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Dauri Batisti
25 janeiro 2009
(quarto poemeto da série umas coisas jogarão luz nas outras)
As partículas das coisas reagem ao olhar.
Há entre as coisas do olhar e o olhar das coisas
um laço azul de amor espiritual,
ou um vermelho vínculo de amor carnal.
Mas há. Há qualquer coisa em nós
que nos faz amar as coisas mesmas.
Quando desperto dos sonhos
me vejo mais coisa do que antes,
e fico em dúvida entre me alegrar e me entristecer.
Sei lá! Sei lá é não saber aqui.
Sei lá será um saber distante, longe, longe
que ainda coisa alguma é? Chegarei lá para saber?
Sei lá! Com as coisas assumo algumas das minhas incoerências,
nelas garimpo algumas das minhas poesias perdidas.
As partículas das coisas reagem ao olhar.
Há entre as coisas do olhar e o olhar das coisas
um laço azul de amor espiritual,
ou um vermelho vínculo de amor carnal.
Mas há. Há qualquer coisa em nós
que nos faz amar as coisas mesmas.
Quando desperto dos sonhos
me vejo mais coisa do que antes,
e fico em dúvida entre me alegrar e me entristecer.
Sei lá! Sei lá é não saber aqui.
Sei lá será um saber distante, longe, longe
que ainda coisa alguma é? Chegarei lá para saber?
Sei lá! Com as coisas assumo algumas das minhas incoerências,
nelas garimpo algumas das minhas poesias perdidas.
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Dauri Batisti
23 janeiro 2009
(terceiro poemeto da série umas coisas
jogarão luz nas outras)
Nas coisas revoltadas, nas desarranjadas coisas
em qualquer coisa encontro música. Ou luz.
É... a música não vem dos céus, nem dos anjos,
nem de Deus. A música vem das coisas,
a voz das cordas, as cordas do sangue,
o sangue do sêmen, o sêmen do homem,
o homem do barro, grande e maravilhoso tudo:
coisa que dói por dentro. Foram as coisas que comi
e agora se contorcem em mim, no coração,
na alma, esta galáxia outra que se chocou comigo
e formou comigo uma coisa só,
em espiral, enrolados um no outro,
abraçados e confusos,
matéria clara, matéria escura.
As coisas em mim se arranjam em esculturas
como canas esmagadas donde sai o caldo,
a garapa, o bagaço, a harpa dos fios
tecidos e remendados em alguns nadas
que por acaso exponho aqui.
Meus issos, meus poemetos, minhas partes,
meus caminhos curtos, meus muros baixos.
Eu prometo, não vos quero impor cometas
desgovernados e perdidos por estes palavreados
que vos exponho como que em versos,
mas que não são versos, não, não são.
(Quisera eu vos oferecer a gargalhada de um menino,
já vos disse, não sou poeta).
É uma única, longa e desafinada música
que sai das coisas, ruídos, meus respiros,
o tamanho, o fôlego que aguento sem subir
de dentro de mim, - sou raso, desço logo abaixo
da superfície - me suportando, me vendo,
me observando. As coisas estão dentro
tanto quanto fora. Algumas
me lançam uma certa luz.
jogarão luz nas outras)
Nas coisas revoltadas, nas desarranjadas coisas
em qualquer coisa encontro música. Ou luz.
É... a música não vem dos céus, nem dos anjos,
nem de Deus. A música vem das coisas,
a voz das cordas, as cordas do sangue,
o sangue do sêmen, o sêmen do homem,
o homem do barro, grande e maravilhoso tudo:
coisa que dói por dentro. Foram as coisas que comi
e agora se contorcem em mim, no coração,
na alma, esta galáxia outra que se chocou comigo
e formou comigo uma coisa só,
em espiral, enrolados um no outro,
abraçados e confusos,
matéria clara, matéria escura.
As coisas em mim se arranjam em esculturas
como canas esmagadas donde sai o caldo,
a garapa, o bagaço, a harpa dos fios
tecidos e remendados em alguns nadas
que por acaso exponho aqui.
Meus issos, meus poemetos, minhas partes,
meus caminhos curtos, meus muros baixos.
Eu prometo, não vos quero impor cometas
desgovernados e perdidos por estes palavreados
que vos exponho como que em versos,
mas que não são versos, não, não são.
(Quisera eu vos oferecer a gargalhada de um menino,
já vos disse, não sou poeta).
É uma única, longa e desafinada música
que sai das coisas, ruídos, meus respiros,
o tamanho, o fôlego que aguento sem subir
de dentro de mim, - sou raso, desço logo abaixo
da superfície - me suportando, me vendo,
me observando. As coisas estão dentro
tanto quanto fora. Algumas
me lançam uma certa luz.
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Dauri Batisti
22 janeiro 2009
Palavras devem ser nuvens luminosas de poeira
que se condensam em pequenos grãos
na longa jornada que o universo faz
para dizer umas poucas coisas a alguém.
Por outra mão percorre o sangue o caminho
de que as palavras sejam vômitos,
vômitos de vontades, que se engoliu;
ou de vontades, pão do qual se comeu.
Há uma boa possibilidade, diga-se,
de que estas coisas que saem da boca
sejam vômitos de luz. Depende.
que se condensam em pequenos grãos
na longa jornada que o universo faz
para dizer umas poucas coisas a alguém.
Por outra mão percorre o sangue o caminho
de que as palavras sejam vômitos,
vômitos de vontades, que se engoliu;
ou de vontades, pão do qual se comeu.
Há uma boa possibilidade, diga-se,
de que estas coisas que saem da boca
sejam vômitos de luz. Depende.
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Dauri Batisti
20 janeiro 2009
Quando digo as minhas palavras,
são coisas que digo. Sei que são coisas,
pois que elas me pesam.
Cada palavra dita é uma coisa
que pego, que peso, que olho
sem muito sentimento, algum,
aquele que vem como recordação
ou como uma pequena ternura solidária.
O que vem a mais são pensamentos,
muitos. Coisas sementes, montanhas,
pedras, riachos, canetas, casas, estradas.
Acho que isto explica por que não gosto
de rimas, de métrica, de sonetos. Tentativas,
parece, de querer revirar as coisas
e transformá-las em leves canções. Mas
as palavras são pesadas. Há terra nelas.
Minhas palavras querem continuar coisas,
isto é um quase pecado, eu sei. Mas é isto.
O arado rasga o chão, eu lembro bem.
Vi tantas vezes esta cena. O chão, o cheiro,
as sementes jogadas do embornal,
o pé encobrindo-as com a terra macia...
Meu coração anda abarrotado de coisas...
Perdão.
são coisas que digo. Sei que são coisas,
pois que elas me pesam.
Cada palavra dita é uma coisa
que pego, que peso, que olho
sem muito sentimento, algum,
aquele que vem como recordação
ou como uma pequena ternura solidária.
O que vem a mais são pensamentos,
muitos. Coisas sementes, montanhas,
pedras, riachos, canetas, casas, estradas.
Acho que isto explica por que não gosto
de rimas, de métrica, de sonetos. Tentativas,
parece, de querer revirar as coisas
e transformá-las em leves canções. Mas
as palavras são pesadas. Há terra nelas.
Minhas palavras querem continuar coisas,
isto é um quase pecado, eu sei. Mas é isto.
O arado rasga o chão, eu lembro bem.
Vi tantas vezes esta cena. O chão, o cheiro,
as sementes jogadas do embornal,
o pé encobrindo-as com a terra macia...
Meu coração anda abarrotado de coisas...
Perdão.
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Dauri Batisti
18 janeiro 2009
A casa nas montanhas
pode ser só um olhar para as alturas,
viagens que em voos me embrenho,
desejos de encontro, alguém.
Os fragmentos de Deus, gestos,
dança das mãos, sorrisos, palavras, são
milagres que alteram o tempo.
Então me vejo em manhãs de maio, sereno.
Depois tudo volta a ser real demais e peso.
O mundo é a voz e a palavra
em interconexões de corações e estrelas. A dor
é o grito do todo quando vira fragmento.
A casa nas montanhas revela
que sutil e bem frágil é a felicidade,
fragmentos que caem sobre meu peito em sentimentos
obscuros ou claras percepções. Insignificâncias.
Os fragmentos podem revolver-se em tantas coisas
no longo tempo que é o caminho do olhar.
A ponte que vejo entre um passo e outro, o amor,
é atravessar para o lado de alguém.
Depois tudo volta a ser nostalgia e saudade.
pode ser só um olhar para as alturas,
viagens que em voos me embrenho,
desejos de encontro, alguém.
Os fragmentos de Deus, gestos,
dança das mãos, sorrisos, palavras, são
milagres que alteram o tempo.
Então me vejo em manhãs de maio, sereno.
Depois tudo volta a ser real demais e peso.
O mundo é a voz e a palavra
em interconexões de corações e estrelas. A dor
é o grito do todo quando vira fragmento.
A casa nas montanhas revela
que sutil e bem frágil é a felicidade,
fragmentos que caem sobre meu peito em sentimentos
obscuros ou claras percepções. Insignificâncias.
Os fragmentos podem revolver-se em tantas coisas
no longo tempo que é o caminho do olhar.
A ponte que vejo entre um passo e outro, o amor,
é atravessar para o lado de alguém.
Depois tudo volta a ser nostalgia e saudade.
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Dauri Batisti
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