28 agosto 2014

Tem alguma coisa nesse ar, tem alguma coisa na luz do dia, tem alguma coisa boa vindo. É setembro que vem chegando? Pode ser. Só se vai saber exatamente quando acontecer, como uma moqueca em Santa Cruz em dia de semana, uma moqueca, muito pirão, um tempo largado, largo e espichado só para olhar o Piraqueaçú, o rio e o mar, os barcos. Ou como uma saudade, daquela das boas, que não faz sofrer, boa para se deixar atravessar por ela sem receios, como o barco que atravessa para o lado de lá, dos coqueirais. Tem alguma coisa nesse ar, também assim, como vou dizer, como quando se toma floral e se sente um bem na vida que se vive. Vou separar uns dias de setembro. Talvez também tomar uns florais da Califórnia.

27 agosto 2014

Nada mais do que dizer, nada e ainda tudo por dizer. Umas coisas, uns instantes, uns cenários, uns encontros talvez gerem novas palavras. Já não escrevo poemas, o que escreverei? já escrevi vírgulas, já sim, talvez seja melhor assim, escrever confusões. Tenho lido livros eletrônicos, me apaixonei, não preciso acertar o angulo em que posiciono o livro para não fazer sombra na página. O livro tem luz própria. Já li vários livros assim. Terminei outro dia, imagina, o amor nos tempos do cólera. Agora estou nas últimas páginas do Jesus Cristo bebia cerveja, de um autor português, texto muito bom, o nome dele é Afonso Cruz. Mas hoje foi um dia de estar ao lado de alguns que diziam adeus, mas também foi dia de dirigir e ficar no trânsito parado sem ansiedade nenhuma, preso e solto ao mesmo tempo. Um amigo adotou um gato. Quando ele me mostrou a foto achei feio demais. Agora o gato está lindo. Eu acho que vou adotar o dia de amanhã, vou cuidar dele,