30 setembro 2007

Olhar

Do pó que faz rubro o horizonte da cidade
seus olhos estão cheios e lacrimejam constantemente.
Seu olhar ganha um brilho que para quem vê
anuncia um jeito de ser sossegado, com uma certa tristeza bonita
de um andarilho sem estrada, de um junco quebrado.
Para quem sabe o que é ter labaredas na visão
o fulgor não vem senão das faíscas das espadas
que no fundo de uma escura oficina são forjadas
por obstinado trovador.

Nenhum comentário: