(avulsos)
Lí,
salvei tuas palavras
enquanto ouvia uma música
triste. Saí.
Juntei
o que disseste e segui
para a rodoviária
sentindo a alça da mochila
machucando um ponto
nas costas, no ombro
onde carreguei
no passado
coisas tão lindas
que perdi. Acho que perdi.
Seguí,
encontrei um sentido
nas tuas palavras. Inventei
um poema em três rosas amarelas.
Uma eu levo, é tua, outra eu fixei
na lapela do meu casado cinza
e a outra... a outra eu joguei bem alto,
o mais alto
que eu consegui.
Tu me vês? Corro para te abraçar.
12 comentários:
Tem duas coisas (tem mais, claro) que me instigam demais quando leio perguntas e reticências.
Perguntas, ainda me sinto criança, acho que é para eu responder. rsrsr
E reticências fico completando com o meu sentir.
eu volto...vou trabalhar.
...é que o abraço é sempre uma passagem de volta, nunca de ida, pois vem sempre em nossa direção, largo, seja correndo ou de supetão... mas sempre vem. Quando vai, já é o nosso que está indo, na direção oposta, mas para quem está do lado de lá, ele está vindo, de modo que sempre está vindo, voltando, chegando.
Abraços.
Eu voltei...
Abraço é muito bom, eu gosto. Correr para abraçar alguém que se gosta melhor ainda. Com duas rosas amarelas imagino uma cena linda. E se podemos imaginar uma chuva de pétalas amarelas perfumadas a cena fica encantadoramente linda.
Quando se carrega coisas lindas, com certeza de coisas lindas se está carregado.
boa noite!!!
"...onde carreguei
no passado
coisas tão lindas
que perdi. Acho que perdi."
Dauri, só me ensine o caminho onde encontrar essas coisas linda que também perdi...
Talvez para um poeta seja fácil...
Beijos!
Esse poema... inventado nas roas deixa as pétalas perfumar os espinhos...
imenso beijinho
Um poema de amor! Um poema de verdade! Abraço
um poema de levar na alma!!!
belo invento!
abraços
Olá Dauri!
Obrigado pela visita!!
Com certeza a gente perde coisas pela vida...
Abraço!!
Olá meu amigo.
Um lindo, doce e iluminado poema de amor.
O amor acima de tudo, as flores são o seu complemento.
A volta sem ida.
Beijinhos, meu amigo.
Regina Coeli.
que lindo, a mochila, as rosas =)
Sinto quando fecho os olhos.
Belo texto!
Hmmm. As referências, Poeta... A referência à Kerouac, o pé na estrada e a mochila. Graças ao Germano começo a ler melhor as tuas séries. Acho que é hora de reler-te.
Sim, ia esquecendo
há uma excelente resenha do On the road, na Revista Agulha.
http://www.revista.agulha.nom.br/ag68kerouac.htm
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